Mais de 40 carretas atoladas em rodovia de acesso a Alta Floresta

A reportagem do Diarionews rodou cerca de 90 km na 208, deparou-se com três grandes atoleiros e estrada ‘lisa’ em vários trechos. Num dos momentos mais tensos da ‘viagem’ no terceiro atoleiro, cerca de 10 km do local conhecido como ‘dez’, o caminhoneiro Joás, que faz a região puxando gás, bateu num grande buraco no meio da pista, perdeu o controle do veículo e o motor acabou ‘falhando’. Sem força para continuar, o veículo começou a voltar de ré. O caminhoneiro jogou o carro na ribanceira e com o choque da parte traseira de seu veículo contra o barranco, acabou quebrando a carroceria. Cerca de 70 botijões foram ao chão. Ele já contabilizava o prejuízo da falta de recuperação das estradas. Com tempo normal ele fazer oito viagens por mês carregando gás, mas teme que isso não seja possível até março, quando ainda chove muito na região.

Muitas pessoas que têm que ir e vir na estrada preferem andar de moto, para facilitar o acesso, é o caso do vendedor Junior Souza, que é morador do setor A em Alta Floresta, mas trabalha na região. Ele reclamou que nem de moto está dando pra encarar a rodovia. “Nem moto tá passando aqui agora, né. Tem um monte de carretas aí prá traz, tem barreiro que tem 40 carreta paradas”, diz, já avaliando os prejuízos de um tomo que caiu na estrada onde quebrou maçaneta, carenagem, além da possibilidade de se machucar, coisa que não aconteceu ainda, apesar dos dois tombos que caiu em menos de uma semana na 208. “Negócio aqui tá crítico. Aqui tem uns dois ou três atoleiros, mas pra traz tá pior”, disse, falando que a seqüência até Nova Bandeirantes estaria bem mais crítica ainda.

Enquanto nossa reportagem conversava com Junior, uma carreta carregada de combustível tentava ‘ganhar’ a subida, mas logo no início o ‘bruto’ atravessou na estrada. Sobrou um pequeno espaço entre a carreta e a ‘beira’ do mato para que conseguíssemos retornar. Em nova tentativa de sair da situação em que se encontrava o carreteiro acabou foi interditando totalmente a estrada. Por pouco nossa equipe não ficou ‘travada’ na 208. De volta, em busca de socorro para puxar o carreteiro, pudemos observar vários caminhões parados em um bar de beira de estrada. Pelo menos oito, maioria carregada de combustível que iria para Nova Bandeirantes e Apiacás, mas sem esperança de chegar tão cedo no seu destino.