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Cidades/Geral
Quarta - 28 de Dezembro de 2005 às 12:57

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Usando o cativo espaço no jornal Folha de São Paulo, os ambientalistas criticaram os critérios adotados pelo Ibama (Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Não-renováveis) para autorizar as obras de pavimentação da BR 158, que liga a região leste de Mato Grosso ao Pará.

No mesmo espaço, é citado que a Amaggi, empresa do governador Blairo Maggi, é uma das principais beneficiadas pelo asfaltamento, já que o grupo tem uma fazenda de 80 mil hectares em Querência, a Oeste da 158, e recebeu do Banco Mundial, via IFC (sigla em inglês do instituto de financiamento da entidade bancária), um financiamento de US$ 30 milhões.

Com o empréstimo do Bird, o grupo poderá ampliar em 250 mil toneladas ano a produção de soja naquela região e, consequentemente, influenciar a abertura de novas áreas de plantio.

A principal crítica dos ambientalistas, no cativo espaço da Folha, é que o estudo de impacto ambiental da 158 não adotou os mesmos critérios da BR 163, apesar de que a empresa contratada para as duas análise é a Ecoplan. Para a 158, a zona de proteção foi estabelecida em 50 km de ambos os lados da rodovia. Na 158, a faixa fixada é de apenas 15 km.

Na avaliação dos ambientalistas, houve um afrouxamento nos critérios na delimitação da zona de influência e sugerem que houve interferência política ´´após uma reunião com o Ibama``. Os conservacionistas, no documento entregu à Folha de São Paulo, sustentam ainda que a coleta de dados ambientais na área de 158 será feita predominantemente por meio de fontes secundárias.

Ou seja: as pesquisas de campo serão restritas, diferentemente do que ocorreu com a Cuiabá-Santarém (PA), alardeada e propagandeada pelo governo federal como um modelo de obra de infra-estrutura ecologicamente correta.




Fonte: Olhar Direto

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