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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Domingo - 27 de Novembro de 2005 às 12:39

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A Polícia nega que haja um extermínio de homossexuais na cidade de Sorriso ou perseguição à categoria, apesar dos números preocupantes. Desde 2003, dois travestis foram assassinados, um desapareceu e uma homossexual foi executada a pauladas. A violência se completa com um travesti baleado e outro perfurado à faca neste ano numa região de prostituição.

“Temos dois assassinatos de homossexuais em outubro e são casos isolados. Não há extermínio algum”, assegurou o delegado municipal de Sorriso Ênio Carlos de Lacerda.

O delegado se referia ao assassinato do travesti Werlen Queiroz Pinho, o “Sandra”, de 29 anos, executado com uma pancada na cabeça. A princípio, as investigações da Polícia Civil apontam para um crime passional.

Sandra teve um conturbado relacionamento com um ex-presidiário e este prometeu matá-la caso fosse encontrada com alguém. Ele queria que o travesti deixasse de fazer programa, mas a proposta teria sido recusada.

Sandra tinha chegado de São Paulo havia oito dias. Desembarcou na cidade num domingo e, na sexta-feira, foi assassinada. Ela estava fazendo ponto na MT-142, no trevo de saída para Nova Ubiratan. Um carro se aproximou e ela entrou, depois de conversar por alguns segundos com o motorista.

No dia seguinte, o corpo do travesti foi localizado num gramado. Sandra foi executada com várias pancadas na cabeça. No local, havia vestígios de que a vítima mantivera relação sexual. Um chacareiro que mora próximo do local do crime disse à Polícia que ouviu discussão entre um casal.

Outro assassinato chamou a atenção da polícia. No dia 21 de outubro, Vilza Pereira de Azevedo, de 36 anos, foi morta com requintes de crueldade.

Homossexual assumida, ela não tinha residência fixa. A polícia diz que suspeita de seu envolvimento com drogas. Vilza foi morta de forma idêntica: com uma paulada na cabeça. “É claro que não estamos diante de um só executor. São crimes diferentes, motivos diferentes e autor diferente”, garantiu o delegado Lacerda. (AR)




Fonte: Diário de Cuiabá

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