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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Quarta - 23 de Novembro de 2005 às 14:47

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Uma série de denúncias que vêm sendo feitas à seccional de Mato Grosso, do Conselho Regional de Educação Física, mostra uma realidade preocupante que está invadindo cada vez mais o estado: cresce o uso de anabolizantes entre praticantes de atividades físicas, principalmente jovens adolescentes e iniciantes. Esses anabolizantes são também conhecidos como "bombas", cujos efeitos são preocupantes.

A preocupação do Cref-MT foi transmitida por seu presidente, Manoel Germano de Campos Filho, ao deputado José Carlos de Freitas (PFL), que pediu ao procurador Geral do Estado, João Virgílio do Nascimento Sobrinho, a regulamentação da Lei nº 8.294/05, de sua autoria. Os anabolizantes são medicamentos esteróides que alteram o metabolismo, funcionando como hormônios masculinos naturais, ajudando a aumentar a massa e a força musculares do atleta.

Aprovada em janeiro deste ano, ela foi publicada na edição do Diário Oficial do Estado do dia 05 daquele mês e obriga o uso – em academias de ginástica, clubes esportivos ou similares de Mato Grosso – de placas de advertência sobre a utilização inadequada de anabolizantes para a saúde humana.

Campos Filho apontou denúncias que chegaram ao conselho, oriundas da própria capital; das regiões sudeste – Primavera do Leste (239 km, na mesorregião de mesmo nome); norte – Sapezal (473 km, mesorregião dos Parecis) e Sinop (503 km da capital, mesorregião que leva o mesmo nome), e centro-sul – em Cuiabá e na Grande Cáceres (250 km, mesorregião do Pantanal); além de outras com menores incidências até o momento.

“Temos muito a lamentar esse atual quadro, mas não estamos parados. Ao contrário, trabalhamos com afinco com o objetivo de defender a sociedade dessas atrocidades”, disse o presidente.

Freitas lembrou o caso de Elizimarcos Ferreira da Cruz (16), morador em Cáceres – uma das cidades apontadas por Campos Filho. Há cerca de um mês, o adolescente tomou uma injeção do complexo vitamínico ADE, indicado para engorda de eqüinos e bovinos. Elizimarcos teve parada cardíaca, lesão cerebral e entrou em coma profundo antes de falecer.

“O que aconteceu em Cáceres está ocorrendo em todo o Mato Grosso, em todo o Brasil, infelizmente. Só um trabalho profundo, abrangente de conscientização pode reverter esse cenário. Para isso, precisamos envolver o maior número possível de autoridades e profissionais da área em torno dessa causa”, disse Freitas.

Segundo Manoel Germano, hoje o profissional de Educação Física tem um conselho, associação ativa e está em busca de um sindicato para defender os que atuam na área privada. “Estamos organizados”, frisou.

Entre as ações do conselho está a fiscalização das atividades das academias e dos profissionais de Educação Física, procurando disponibilizar aqueles devidamente qualificados e credenciados para atender à sociedade.

O Conselho Regional de Educação Física está participando do grupo de Fiscalização Preventiva Integrada (FPI), junto com o Crea (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Urbanismo) e outros órgãos para garantir maior respaldo para a comunidade.

“A Vigilância Sanitária, o próprio Procon e as outras instituições fiscalizadoras têm que estar preocupadas e acirradas em torno desse propósito. Conclamo a todos os órgãos fiscalizadores a investir nessas regiões porque, se aconteceu uma vez, vai acontecer novamente – isso é quase certeza”, concluiu o presidente.





Fonte: 24 HorasNews

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