Publicidade
Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Quarta - 23 de Novembro de 2005 às 09:26
Por: Natacha Wogel

    Imprimir


A terceira edição do Projeto Saracura, que leva atendimento de saúde a populações ribeirinhas na região pantaneira, foi realizada no último final de semana. Os 16 profissionais de saúde envolvidos passaram por 12 comunidades, entre elas aldeias indígenas, e atenderam cerca de 800 pessoas, ao longo do Rio Cuiabá.

A expedição, iniciada na quinta-feira, percorreu 204 quilômetros do Cuiabá, entre Porto Jofre e Porto Cercado, e mais 40 quilômetros no rio Pirigara, onde vivem índios guatós e bororos. Em duas chalanas, transformadas em unidades de saúde, os profissionais faziam consultas, exames, aplicavam vacinas e forneciam medicamentos.

Segundo uma das organizadoras, a bióloga Elizabeth Silva Campos, 44 óculos foram confeccionados no próprio comboio, pois o projeto teve o apoio de uma ótica que, dentro das chalanas, fazia as armações. Além disso, 123 crianças foram consultadas pelo médico, 98 mulheres pela ginecologista, que conseguiu colher material para 65 exames preventivos de câncer do colo do útero. Na clínica médica, 95 pessoas receberam atendimento, a maioria com problemas de pressão alta, segundo o médico Ivens Sacaff, que participa pela segunda vez.

“O interessante é que alcançamos pessoas que estão totalmente isoladas da assistência médica. Eles começam a tomar a medicação quando chegamos lá, mas só vão ter acesso novamente quando a gente retorna, o que atrasa todo o tratamento. Na maioria dos casos, a medicina simples, básica, pode fazer grande diferença”, contou, informando que apenas seis casos necessitaram de encaminhamento para Cuiabá.

O pediatra Ricardo Scattarreggi também contou que, dessa vez, o volume de atendimento foi maior do que no ano passado, o que fez com que novas doenças, um pouco mais graves do que as encontradas, aparecessem. “Encontramos casos como o de paralisia cerebral, mas em virtude de uma maior atendimento. Mas o que essa população precisa mesmo é de uma constância do projeto, para que as coisas que ensinamos sejam realmente praticadas. É uma questão de educação”.





Fonte: Diário de Cuiabá

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/334187/visualizar/