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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Quarta - 23 de Novembro de 2005 às 09:23

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O juiz substituto da 1ª vara federal de Cuiabá, Marcos Alves Tavares, marcou para a próxima quinta-feira uma audiência entre atingidos pela barragem de Manso e Furnas Centrais Elétricas. A decisão leva em conta o clima de tensão na usina, onde o Movimento dos Atingidos por Barragens (Mab) mantém um protesto desde a semana passada.

De acordo com a decisão divulgada pela assessoria de imprensa da Justiça Federal, a reunião deverá acontecer às 14 horas na sala de audiências da 2ª vara. Em razão da falta de espaço, o juiz determinou que o Mab envie apenas três representantes.

Desde o último dia 14, centenas de atingidos pela barragem de Manso fazem protesto próximo da entrada da usina. No dia 16, eles chegaram a manter reféns dois técnicos de Furnas que foram até o local tentar resolver o impasse.

Eles protestam contra a decisão de Furnas de não aceitar o resultado da pesquisa que definiria quantas e quais famílias teriam direito de ocupar terras produtivas, a serem compradas pela empresa.

Segundo representantes do Mab, foi Furnas a responsável por escolher e pagar pelos serviços do Grupo de Pesquisa do Pantanal, Amazônia e Cerrado (Gera), que realizou o estudo. Encomendada há dois anos, a pesquisa levou oito meses para ser concluída e está pronta desde 2004. “Mas apenas há 15 dias é que eles avisaram a gente que não gostaram do resultado e querem fazer nova pesquisa. Quanto tempo mais a gente vai ter que esperar?”, questionou um dos coordenadores do grupo, Sandro Leonardi.

O estudo demonstrou, de acordo com o Mab, a aprovação para 997 famílias do movimento serem enquadradas no programa de assentamento da empresa. Elas seriam instaladas em uma área total de 8 mil hectares, localizada parte no município de Chapada dos Guimarães e parte em Alto Paraguai. O número apresentado pela pesquisa foi próximo ao indicado pelo Mab, que era de 1.006 famílias.

As negociações entre o Mab e a empresa já dura cinco anos. Em todo esse período, os manifestantes fecharam a entrada da Usina de Manso por quatro vezes.





Fonte: Diário de Cuiabá

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