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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Sexta - 18 de Novembro de 2005 às 09:42

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Funcionários da rede de ensino de Várzea Grande ameaçam entrar em greve antes do fim do ano letivo se a prefeitura não apresentar prazos para concluir os cálculos sobre a recomposição salarial na data base e o plano de cargos, carreiras e salários (PCCS) de todas as categorias da Educação até o dia 10 de dezembro. As aulas em Várzea Grandes estão programadas para encerrar no dia 19.

Em protesto realizado ontem em frente ao gabinete do prefeito Murilo Domingos, cerca de 100 servidores recusaram a proposta apresentada pelo Executivo municipal em reunião com representantes da subsede de Várzea Grande do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sintep), pela manhã. De acordo com os manifestantes, a prefeitura disse que aceitaria criar uma comissão para análise da possibilidade de recomposição salarial a partir de 2001, mas apenas para professores.

“Numa demonstração de maturidade, a categoria concordou com o pagamento da data base sobre 15 meses (vencida em outubro de 2004) em janeiro, uma das propostas da prefeitura. Mas queremos isso para todos os funcionários da Educação. Também queremos saber quais critérios vão discutir a recomposição salarial desde 2001 e o plano de cargos e salários, com prazo para o cumprimento”, argumentou a representante do Sintep em Várzea Grande, Cida Cortez.

Segundo cálculos apresentados pelo sindicato, somente as perdas salariais de professores passam de 38%, com o atraso na recomposição da data base desde 2001. Quando se trata das demais categorias dentro da Educação, o reajuste superaria 100%, porque, segundo Cida, nunca receberam recomposição, já que não têm PCCS. “Não justifica mais essas pessoas não terem reajuste. Muitas delas já concluíram o Ensino Médio e devem ter seu plano de carreira”, disse.

Outras pautas de reivindicação da categoria são quanto à terceirização da merenda escolar no município (leia box) e a apuração do inchaço de pessoal na pasta. “Tem um número de contratos excessivos aparecendo na pasta, gente que não sabemos onde está. Já pedimos a averiguação do Ministério Público, sobre isso e sobre o processo de terceirização da merenda”, informou a sindicalista.

De acordo com Murilo Domingos, o PCCS é uma proposta da atual administração desde o início do ano. “Já temos proposta empenhada para atender essa reivindicação, mas precisamos de tempo para checar a potencialidade do município e criar a comissão para fazer essa análise”, argumentou, informando ainda que não tem prazo para que o plano seja iniciado. “Apenas o compromisso de fazê-lo”, completou.

Quanto às perdas salariais históricas da categoria, o secretário de governo de Várzea Grande, Jeverson Messias, disse que somente agora a administração municipal aceitou discutir qual é o período e a real perda dos professores. “Apenas com base nesse estudo é que podemos discutir uma recomposição”.





Fonte: Diário de Cuiabá

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