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Quarta - 16 de Novembro de 2005 às 10:28

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Uma negociação intermediada pela Assembléia Legislativa – através do deputado José Carlos Freitas (PFL), junto ao governo do estado, resultou na aprovação da destinação de 32 toneladas de emulsão asfáltica e 15 mil litros de óleo diesel para a Prefeitura de Mirassol D’Oeste – município localizado a 329 quilômetros de Cuiabá, na mesorregião de Jauru, sudoeste de Mato Grosso.

Tudo começou com um pedido feito pelo vereador de Mirassol, Luiz Amarante (PPS), e foi concluído com a assinatura, na Secretaria de Infraestrutura, de dois Termos de Cooperação – um para as 32 toneladas de emulsão asfáltica (22 ton do tipo “RR2C” e 10 ton do tipo”CM30”) e o segundo para o diesel.

O processo foi encaminhado ao setor jurídico para receber parecer sobre a legalidade dos termos e, em seguida, vai para a área técnica – encarregada de providenciar o fornecimento dos produtos. A estimativa é que, dentro de uma semana, a dependência passe a ser apenas da disponibilidade da Petrobrás.

Surpreso com a qualidade e a quantidade dos produtos – superiores ao seu pedido, Amarantes vai se reunir com o Departamento de Engenharia da prefeitura. A intenção é elaborar o projeto e um plano de ação para a obra a ser realizada.

“Pedimos apenas lama asfáltica para fazer tapa-buracos, mas o material conseguido pelo deputado é para asfaltamento propriamente dito”, comemorou o vereador, observando que o diesel será utilizado também dentro da cidade e nas rodovias que ligam Mirassol a municípios vizinhos.

“Tanto esse material que conseguimos junto à Sinfra quanto qualquer outro é importante e bem-vindo nos municípios em função das dificuldades em que se sustentam. No caso de Marcelândia, as obras que serão realizadas com o asfalto e o diesel já assegurados vão garantir o começo de um trabalho que amenizará essas dificuldades”, salientou o deputado.

Segundo o prefeito local, Luiz Emanuel Vasconcelos Godói (PPS), Mirassol está se recuperando de um período de crescimento negativo. “Isso aconteceu por falta de investimentos do Estado no setor pecuário e na criação de fontes alternativas, mas estamos conseguindo reverter a situação”, disse Godói.

Seu vice, Edvaldo Rodrigues (PP), entrou em detalhes. “Quando assumimos a prefeitura, no início deste ano, o município estava com um baixíssimo índice de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) – em torno de 1,5%, mas hoje a recuperação é visível”, esclareceu.

Godói e Rodrigues observaram que, do ano passado para cá, Mirassol também enfrentou queda de cerca de 8% envolvendo FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e ICMS – o Imposto sobre Consumo de Mercadorias e Serviços. Eles disseram, ainda, que as projeções passaram a ser alentadoras com o índice provisório do Fundo, que vai vigorar em 2006 com 0,452%, para Mirassol. Atualmente, a prefeitura local está trabalhando com 0,372% e as perspectivas dela são de recuperação também nesse indicador, uma vez que um projeto defendido pela Assembléia Legislativa o índice para 0,481%.

Em 2006: quase 30 milhões de litros de álcool

A maior parte da economia de Mirassol D’Oeste foi impulsionada pela pecuária, durante os anos 80. A partir da década seguinte e até os dias atuais, a agricultura entrou em processo de expansão na região – incentivada por novas medidas dos governos federal e estadual.

Esse cenário local começa a ganhar incremento exatamente agora com o início de um novo ciclo da cana-de-açúcar. Hoje, Mirassol já tem cerca de 3 mil hectares de cana plantada e se prepara para a industrialização do produto e sua transformação em álcool, a partir de maio do ano que vem.

Após experimentar declínio com o fechamento da Cooprocami (Cooperativa Agrícola de Produtores de Cana de Mirassol D’Oeste), em 2003, as expectativas econômicas são altamente positivas. O parque industrial – antes da Cooprocami – foi adquirido pela Cooperb (Cooperativa dos Produtores de Cana de Rio Branco-MT) e está sendo reformado e ampliado para voltar à atividade a partir de maio de 2006.

“O ano que vem está sendo visto como o primeiro ano agrícola do novo período – antecipadamente considerado promissor”, ressaltou Freitas. Ele se referiu à produção estimada de 28 milhões de litros de álcool e a geração de entre 600 e 800 novos empregos diretos fora da safra, e de cerca de 1.200 na época da safra.





Fonte: Da Assessoria AL

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