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Cidades/Geral
Sábado - 28 de Maio de 2005 às 15:15

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César é considerado pelos senadores do PFL o político com perfil ideal para relator

O senador César Borges (PFL) é o nome preferido do PFL para ser o relator da CPI dos Correios, tarefa mais importante da comissão. Por ter maioria no Senado no bloco que forma com o PSDB e tendo em vista que a última comissão que funcionou no Congresso Nacional, a CPI mista da Terra, tem como presidente um senador do PSDB, o PFL tem direito à relatoria, conforme o regimento e a tradição da Casa.

César já foi comunicado pelo líder do PFL no Senado, senador José Agripino (RN). Outros senadores do partido foram avisados e não houve, até o momento, nenhuma objeção ao nome do pefelista baiano. Falta agora negociar a indicação com o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM). "Mas acho que não haverá problema", afirmou o senador do Piauí.

A comissão vai investigar o caso de corrupção na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), flagrado em gravação feita por dois supostos lobistas. O ex-diretor do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios, Maurício Marinho, afirmou na gravação que o esquema de cobrança de propinas, comandado pelo presidente do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ), se estende a outras estatais do governo.

Os partidos da base governista, que hoje dispõem da relatoria da CPMI da Terra, têm o direito de indicar o presidente da comissão parlamentar. O líder do PT na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), adiantou que o governo vai se utilizar de manobras regimentais na tentativa de escolher também o relator da CPI.

O líder pefelista disse que, para conquistar a relatoria, o PT terá que se aliar com a bancada do PMDB e, dessa forma, formar um bloco majoritário no Senado. "Eu não acredito que, pelo prazo e pela CPI já estar criada, esse bloco valesse", argumentou Agripino Maia.

A comissão mista será composta por 32 parlamentares, sendo metade por deputados, metade por senadores. Os partidos da base terão direito a indicar 20 membros; a oposição será representada por 12 integrantes. PFL e PSDB terão cinco participantes, mais o relator.

Diante desses números, o governo poderá e deverá protelar ao máximo a instalação da CPI. Além disso, o regimento do Congresso estipula em 30 dias o prazo para que as lideranças dos partidos indiquem os integrantes da CPI, contados a partir do dia em que a comissão foi criada -quarta-feira desta semana.

Dessa maneira, os líderes governistas deverão indicar os membros da CPI no dia 27 de junho, a poucos dias do limite do primeiro semestre do legislativo, que se encerra com a votação da (Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).





Fonte: Correio da Bahia

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