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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Sexta - 27 de Maio de 2005 às 09:44

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A saga da Cuiabá/Santarém (BR 163) considerada a maior rodovia em extensão do País já se arrasta por mais de 30 anos. Palco de vários debates políticos e ambientais, está completamente deteriorada em territórios mato-grossense e paraense, pois a falta de investimentos na infra-estrutura da rodovia, faz com a mesma ofereça sérios transtornos para quem a utiliza.

A malha viária registra péssima conservação e nos trechos mais críticos da rodovia são registrados mais acidentes automobilísticos com vitimais fatais e sérios prejuízos para os transportadores de cargas. A polêmica recuperação da Cuiabá/Santarém no trecho entre Itaúba/Sinop (MT) está possibilitando um meio para “ganha pão” dos trabalhadores rurais sem-terra, acampados ao longo da rodovia. Homens, mulheres e crianças, de posse de enxada, pá e enxadão, ficam ao longo da rodovia tapando os buracos com terra e cascalho, e em troca cobram dos motoristas gorjetas, como uma espécie de pedágio. “Estamos aproveitando e ganhando alguns trocados” comemorou Antônio Porfírio Santana, com uma enxada nas costas.

O deputado estadual Pedro Satélite (PPS), classificou como vergonhosa a atitude inerte do governo federal na liberação dos recursos para recuperar esse trecho da rodovia. “ Até agora só ouvimos promessa e nada de concreto. Essa atitude é vergonhosa para um País que bate o recorde na produção de grãos e do rebanho bovino” desabafou Satélite.

Três trechos da BR 163 entre Sorriso/Sinop e Sinop/Itaúba/Santa Helena, são considerados os mais perigosos para a trafegabilidade de veículos, pois a formação de buracos na malha viária reduz o tráfego e aumenta a incidência de acidentes automobilísticos entre os motoristas imprudentes.

A cobrança de pedágio pelos trabalhadores rurais sem-terra será comunicada ao Departamento Nacional de Infra-Estrutura Terrestre para tome providências na tentativa de coibir a cobrança e acelerar a recuperação. Apenas um trecho de 26km entre Sinop/Itaúba foi recuperado e mais de 90km ainda apresentam a formação de buracos na malha viária.





Fonte: ComitêMT

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