Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Quinta - 19 de Maio de 2005 às 19:44
Por: Alana Gandra

    Imprimir


Rio - O diretor do setor de Gás Natural Veicular do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis (Sindcomb), Gustavo Sobral de Almeida, disse hoje que a possibilidade levantada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) de desincentivo ao uso de Gás Natural Veicular (GNV) no país significa uma punição ao setor de revenda, que apostou nesta alternativa de combustível. A medida resultaria da aprovação pelo governo boliviano da Lei de Hidrocarbonetos, que eleva de 18% para 50% os impostos cobrados das empresas estrangeiras que exploram petróleo e gás naquele país, entre as quais a Petrobrás, e que implicará no aumento do preço do gás natural importado pelo Brasil.

Almeida disse que o GNV escreve uma história de sucesso no país. "São R$ 10 bilhões investidos, 100 mil empregos e 920 mil veículos (convertidos)". O setor, conforme frisou, contribui com investimentos, emprego e meio ambiente, sendo o combustível "um produto menos adulterável, menos sujeito à sonegação, que vem contribuindo bastante para o desenvolvimento do país".

O dirigente sindical informou que o consumo de GNV é baixo, representando só 10% do volume de gás natural consumido no país. O combustível é um elemento de integração regional, na medida em que ajudou a expandir redes de abastecimento, levando o gás para o interior. "Os postos serviram de âncora para esse crescimento da rede", afirmou Almeida.

Ele disse que espera que o Governo Federal, por meio do MME, reveja essa posição, tendo em vista que o país descobriu muito gás natural recentemente. "Espero que o governo acelere os planos de investimento para que não falte nem gás para os carros nem para outras formas de utilização que são necessárias". Considerou ainda que será prejudicial para o mercado a possível restrição do uso do GNV só para o transporte coletivo, porque se trata de um mercado em franca expansão, que cresceu muito nos últimos anos e trouxe benefícios para o consumidor até devido ao aumento do preço do petróleo.

O diretor do Sindcomb acrescentou que o gás é menos suscetível às oscilações de preço, ao contrário do que ocorre em relação ao álcool, por exemplo, que varia de acordo com as safras, com o preço do açúcar, com demanda internacional. "O gás sofre menos essas interferências", lembrou. Almeida defendeu também que o gás natural produzido no Brasil seja consumido no país.





Fonte: Agência Brasil

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/339163/visualizar/