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Cidades/Geral
Quarta - 18 de Maio de 2005 às 10:25

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‘Hospital psiquiátrico não me ajuda, me leve de volta pra casa’. Com este lema, técnicos da saúde irão abordar no Fórum de Saúde Mental a reforma psiquiátrica e a luta antimanicomial. A abertura será às 13h30 desta quarta-feira (18) no Hotel Fazenda Mato Grosso, com a presença de autoridades municipais, estaduais e palestrantes.

Segundo a responsável técnica pelo serviço residencial terapêutico de Cuiabá, Mariza Marcelo Carvalho, todos os esforços estão voltados para implementar uma rede de atendimento com serviços abertos, sem excluir o paciente do convívio social: “Queremos desmistificar na sociedade e transmitir para os pacientes a possibilidade de ressocialização e humanização no tratamento”.

O diretor de atenção secundária de Cuiabá, Euze Carvalho, discorre sobre a progressão dessa discussão, inclusive com a habilitação do município no programa ‘De volta pra casa’, que institui o auxílio reabilitação. Com ajuda de R$ 240 mensais, o projeto já assiste 20 famílias.

Estima-se que 1% da população mundial sofre de esquizofrenia e 10% da população é portadora de algum tipo de transtorno psico-social. Grande parte dos casos ocorrem por causa de problemas como álcool, drogas e depressão, considerada o “mal do século”. Cerca de 14 mil pessoas foram atendidas pelo CIAPS até junho do ano passado.

Pode parecer estranho dizer que busca-se “o fim dos manicômios”. Mas é exatamente isso que norteia a luta, onde estão engajados médicos, psiquiatras, assistentes sociais, pacientes e familiares. A explicação é simples: Os portadores de transtornos mentais são seres humanos, podem, devem e têm o direito de conviver em sociedade.

A tônica do movimento é isso, e desde seu surgimento, em 1978, visa acabar com o preconceito, a exclusão social, discriminação, maus-tratos e violência aos doentes mentais; lutando pelo direito à cidadania, qualidade de vida, à liberdade e dignidade inerente a todo ser humano.

O conceito “Vigiar e punir” já foi tido como método de tratamento para portadores de transtornos psico-sociais. Com o fim do regime militar, e a conseqüente democratização, deu-se início – na década de 80 - à luta antimanicomial, cujo objetivo concentra-se no tratamento livre, longe do conceito de prisão, estabelecido ainda nos dias de hoje.





Fonte: Redação/PMC

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