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Sábado - 07 de Maio de 2005 às 14:44

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Brasília – Hoje (7) o reator nuclear Argonauta completa 40 anos. Foi o primeiro a ser construído por uma empresa brasileira. Durante esse tempo, foi utilizado para pesquisa brasileira nas áreas de física e engenharia de reatores. A partir de 1962, o equipamento começou a ser construído no Rio de Janeiro. Isso marcou o início das atividades do Instituto de Engenharia Nuclear (IEN), unidade do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) subordinada a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Desde então, ele é usado para o desenvolvimento de pesquisas acadêmicas, para a produção de radioisótopos com fins industriais e para aplicações de técnicas nucleares. Seu nome tem origem na mitologia grega, e hoje o Argonauta ocupa a posição de terceiro reator nuclear instalado no Brasil. Embora tenha sido o primeiro empreendimento de uma empresa nacional, seu projeto era de autoria do Laboratório Nacional de Argonne (EUA). A história do Argonauta começa no final dos anos 50, quando a CNEN, em convênio com a Universidade do Brasil (hoje UFRJ), decidiu instalar um reator para pesquisas nucleares e contribuir para o desenvolvimento da indústria nacional no campo de reatores. Engenheiros brasileiros redesenharam o projeto americano, para que tivesse melhor desempenho segundo as condições climáticas do Rio de Janeiro. Para abrigar e operar o reator, criou-se então o IEN. Na ocasião, o presidente João Goulart governava o País. Três anos depois, terminadas as etapas de fabricação, montagem e carregamento do combustível, o reator produziu fissão nuclear em cadeia. O Marechal Castello Branco presidiu a inauguração do Argonauta, que custou cerca de US$ 200 mil. Em sua construção foi usado 93% de material nacional. Poucos componentes foram importados, como grafite e urânio.

Projetado para o ensino, pesquisa e treinamento de pessoal especializado em ciência e tecnologia nuclear, o reator é instrumento de pesquisa para o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF/MCT), a Universidade Federal do Rio de Janeiro, o Instituto Militar de Engenharia, a Universidade Federal Fluminense e a Pontifícia Universidade Católica (PUC/RJ), além de laboratórios associados.

No IEN, o Argonauta é utilizado em atividades de pesquisas em física de reatores experimentais, tomografia com nêutrons e neutrongrafia. Outra linha de pesquisa utiliza radiotraçadores, produzidos por irradiação neutrônica no reator - eles demonstram eficácia na solução de diversos problemas industriais e em estudos do meio ambiente.




Fonte: Agência Brasil

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