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Cidades/Geral
Terça - 26 de Abril de 2005 às 06:51
Por: Márcia Oliveira

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Depois de 23 meses e 10 dias preso, a primeira atividade social do delegado aposentado, Alair Fernandes das Neves, 62, condenado por envolvimento com o grupo de João Arcanjo Ribeiro, foi voltar ontem à faculdade de Comunicação Social/Jornalismo, do Instituto Varzea-grandense de Educação (IVE), em Várzea Grande, onde cursa o terceiro ano.

"Compadre, irmão e amigo" de Arcanjo, Alair ficou preso por quase dois anos depois de ser condenado pelo juiz da 1ª Vara Federal, Julier Sebastião da Silva, pelos crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro. A sentença, no entanto, foi reformada no dia 12 de abril pela 3ª Turma do Tribunal Regional Federal (TRF/1ª Região) e Alair, o delegado, que presenteou com um revólver da marca Rossi o filho de um apenas 1 ano do "Comendador", foi libertado no final de semana.

Sobre sua vida de presidiário, ele preferiu não comentar. Ao ser questionado se estava feliz, disse: "Sempre estive feliz por minha consciência". E quanto ao fato de estar livre, ponderou que mesmo sendo "tardia", a liberdade havia chegado.

Seguindo o voto do relator, desembargador Tourinho Neto, a 3ª Turma decidiu por unanimidade absolver Alair da condenação de lavagem de dinheiro e manter a de crime contra o sistema financeiro.

As acusações contra o delegado foram formuladas depois que a Polícia Federal descobriu US$ 500 mil em seu nome, em uma conta em Genebra, na Suíça. O dinheiro nunca fora declarado à Receita Federal. E, segundo o próprio delegado, os valores foram levados em uma bolsa, em vôo comercial, do Brasil para o Bank Boston, no Uruguai. Os advogados de Alair argumentaram que o único crime de seu cliente foi não declarar o valor às instituições brasileiras. E que o montante foi conseguido com a venda de dois apartamentos e o resgate de uma conta poupança, quando ele se mudou de Mato Grosso do Sul para Mato Grosso. "A primeira coisa que fiz ao deixar a cadeia foi abraçar minha filha de 28 anos e sentir a liberdade".




Fonte: A Gazeta

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