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Cidades/Geral
Terça - 19 de Abril de 2005 às 14:00
Por: Olga Bardawil

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Fortaleza - O auditório do Centro de Humanidades da Universidade Estadual do Ceará vai receber nesta terça-feira os líderes indígenas do estado, para participarem de um seminário promovido em parceria com a Universidade Federal do Ceará. É o Abril dos Índios que vai discutir a situação das comunidades no estado. São 16 etnias que chegaram à beira da extinção. Segundo a professora Maria Amélia Leite, até o início da colonização do Ceará havia 42 grupos. Além do seminário, as comunidades disputam os Jogos Indígenas do Ceará, no município de Maracanaú, região metropolitana de Fortaleza.

Maria Amélia, que coordena a organização não-governamental Missão Tremembé, lembra que muitas comunidades chegaram a desaparecer do mapa, a ponto de, no século 19, as autoridades terem considerado algumas delas extintas. Há menção de um documento, datado de 1863, da Assembléia Provincial do Ceará, que declara "não haver mais aldeamento indígena no Ceará". E esse relatório seria responsável pela grande discriminação e pelo fortalecimento da convicção de que não existe índio no Ceará

Segundo a professora, isso gerou o preconceito que levou as comunidades a perderem a própria identidade, passando a serem chamadas vagamente de "índios". Eram os índios do Baturité, os índios de Viçosa, os índios de Aquiraz etc. Ela explica que na história do Ceará não há referência, por exemplo aos índios Tapebas, que hoje ocupam uma reserva no município de Caucaia. Na verdade esses índios são Potiguaras, que passaram a ser chamados de Tapeba, por viverem em torno da lagoa que leva esse nome.





Fonte: Agência Brasil

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