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Terça - 19 de Abril de 2005 às 10:18
Por: Raquel Ferreira

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A trajetória política de Tancredo Neves, desde a eleição para vereador de São João Del Rey (MG), em 1935, até a consagração do povo como o primeiro presidente civil pós-ditadura, e sua agonia ao não poder assumir o governo, estarão documentadas no DVD "Tancredo Neves - Mensageiro da Liberdade", que será lançado no próximo dia 21, em Minas Gerais.

Com 90 minutos de duração, o DVD foi dividido em três partes: a vida política de Tancredo Neves, depoimentos de parentes e amigos --já gravaram políticos como José Sarney, Fernando Henrique Cardoso, Antonio Carlos Magalhães, José Serra, Francisco Dornelles, além de filhos e netos como o governador de Minas, Aécio Neves-- e a mineiridade, que segundo o diretor-geral, Fernando Barbosa Lima, vai explorar traços da personalidade tipicamente mineira, através de depoimentos de famosos, como Affonso Romano de Santana e Ziraldo.

Segundo o roteirista José Augusto Ribeiro, assessor de comunicação de Tancredo Neves durante a campanha presidencial em 1984, um dos depoimentos mais marcantes, gravado em Brasília, foi o do senador José Sarney (PMDB-AP). Ele revela que, já empossado, esteve com Tancredo na UTI do Incor, em São Paulo, para dizer que a transição democrática se completara, com todos os ministros, inclusive os militares, em pleno exercício de suas funções.

Morte

O presidente Tancredo Neves (1910-1985) não morreu de infecção generalizada, mas, sim, de síndrome da resposta inflamatória sistêmica. A revelação foi feita ontem, no "Fantástico", da TV Globo, pela equipe de médicos que tratou do presidente em São Paulo, onde morreu em 21 de abril de 1985.

A síndrome, desconhecida pela medicina na época da morte, consiste na perda do controle de contra-ataque do organismo quando ocorre inflamações. O problema causou fibrose, endureceu os tecidos pulmonares e dificultou a respiração, provocando o chamado pulmão de choque.

Tancredo, o primeiro presidente eleito após o fim da ditadura (1964-1985), foi internado em 14 de março de 1985, um dia antes da data em que tomaria posse. Na ocasião, foi diagnosticado um tumor benigno. Em 15 de março, tomou posse seu vice, José Sarney.





Fonte: Primeira Hora

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