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Cidades/Geral
Sexta - 15 de Abril de 2005 às 07:58
Por: Aline Chagas

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A ong Movimento Viva Brasil, que defende a mudança das estratégias de segurança pública no país, iniciou ontem suas atividades em Mato Grosso. Os integrantes do movimento desejam a criação de propostas que tenham como foco o desarmamento dos criminosos, não dos cidadãos. O Movimento Viva Brasil existe desde do ano passado em cinco estados do país e começa as ações em Mato Grosso com 30 integrantes.

A campanha de desarmamento é o principal alvo do Movimento. Os integrantes acham que desarmar a população não é a solução para a criminalidade, principalmente porque não foram estudadas as particularidades de cada estado e os criminosos continuam comprando armas roubadas ou contrabandeadas.

Segundo o presidente do Movimento Viva Brasil, Bene Barbosa, os criminosos estão aplaudindo os cidadãos que entregam as armas ao governo. Por isso, é preciso olhar a situação com a visão de alguém que quer se aproveitar do desarmamento para roubar ou cometer qualquer outro crime.

Para Bene Barbosa, se o ladrão sabe que o cidadão está desarmado, vai tranqüilo praticar o crime, porque tem certeza que não haverá reação. Se ele tiver dúvidas da existência da arma, recuará ou pelo menos pensará mais vezes antes de fazer qualquer coisa.

Bene argumentou que os integrantes da ong, quase 30 mil em todo o Brasil, desejam mostrar para o governo que as pessoas precisam ter o direito de opção. O presidente do Movimento falou que o Estatuto de Desarmamento tem sido um gasto grande ao governo e mesmo assim a criminalidade continua. “Não podemos imaginar essa coisa utópica de que um dia todo o Brasil não terá mais arma de fogo. Sempre algum grupo continuará armado”, afirmou.

O coronel Eubank Neto, dono de uma escola de tiros em Cuiabá, estava presente na reunião e comentou que participará do grupo porque não concorda com a Campanha de Desarmamento. Ele explicou que a campanha tem favorecido muito a escola dele, porque os policiais tem procurado se aprimorar para defender a população, que está desarmada. “Mas quem tem loja de armas teve prejuízo”, contou. “Cada político que vota pelo desarmamento e contra o uso das armas para defesa de nossas famílias passará a ser responsável pelas nossas vidas”, acrescentou o coronel.




Fonte: Diário de Cuiabá

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