Manifestantes ocupam sede do Incra, na Bahia, para reivindicar medidas ao MDA

Brasília - Desde segunda-feira (11), mais de 2 mil representantes de 12 movimentos rurais e urbanos ocupam a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), na Bahia. Eles reivindicam o fim da exclusão energética e implantação imediata do Programa Luz para Todos, acesso ao Programa de Habitação Popular rural e urbano e a regularização de nove territórios Quilombolas. Para isso, solicitam um agendamento com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Ministério das Cidades, Ministério das Minas e Energia e com o governo do Estado da Bahia.

Segundo o Superintendente Regional do Incra na Bahia, Marcelino Galo, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, afirmou que assim que os movimentos rurais e urbanos desocuparem a sede do Incra ele os receberá em audiência para ouvir suas reivindicações. Galo disse ainda que o Incra está dando suporte de água em carro pipa para todos os manifestantes que ocupam a sede do prédio.

Dentre os movimentos que participam da mobilização estão o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD) e Articulação dos Quilombolas. Segundo Anderson Amaro Silva, que faz parte da Direção Estadual do MPA, os representantes encaminharam um pedido de contrapartida para o ministro Miguel Rosseto, constando que assim que forem recebidos em Brasília, todo o restante do movimento sairá imediatamente da sede do Incra. "O Incra se comprometeu a providenciar um local onde possamos ficar até o fim das negociações, mas enquanto isso não acontecer, iremos permanecer aqui", disse Silva.

O movimento conta ainda com a presença de mulheres e crianças, que ocupam cerca de 40% e 5% do movimento, respectivamente. Cada grupo viabilizou alimentos com entidades e prefeituras de seus Estados e utilizam toda a área do Incra, como pátios, garagens e salas.