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Cidades/Geral
Quarta - 13 de Abril de 2005 às 17:40
Por: Flávia Albuquerque

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São Paulo - O diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo (Sinsprev), Rubens Decares, afirmou hoje que o grau de paralisação no primeiro dia da greve de advertência dos previdenciários reflete a insatisfação da categoria. Segundo avaliação preliminar, cerca de 90% a 95% dos funcionários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) na Grande São Paulo e 60% no interior do estado teriam parado hoje, informou Decares. De acordo com o Sinsprev, existem no estado 8.342 previdenciários, dos quais 7.924 estão em greve.

Decares disse que os funcionários públicos estão insatisfeitos porque são os que ganham menos em comparação com outros servidores do governo. Segundo ele, a insatisfação é grande porque o aumento obtido pela categoria corresponde a uma média de R$ 1,00. "Nossa perda salarial foi de 68% desde 1998 até hoje", afirmou.

Além disso, os trabalhadores querem que o governo encaminhe o plano de carreira negociado na última greve, em julho de 2004. "O plano de carreira foi aprovado e está parado. Queremos que o governo cumpra esse plano", acrescentou Decares. Os previdenciários pedem também a contratação de mais servidores por concurso público, pois consideram o número atual de funcionários insuficiente para o bom atendimento à população. "Temos 18 mil funcionários no país, e isso é pouco. O governo abriu um concurso, mas só convocou 900 pessoas para todo o país, e isso não é suficiente".

Decares informou que, caso o governo não negocie a proposta com os servidores, o sindicato organizará uma plenária em Brasília para tentar organizar uma nova greve, em maio, por tempo indeterminado. Um ato em frente à Superintendência do INSS, no centro da capital, está previsto para amanhã (14), às 10 horas.

O balanço final da paralisação só será feito pelo sindicato no final do dia. "Às vezes, o local está parado e tem 50 funcionários, mas há cinco, seis funcionários que não aderiram. O que importa para nós, de forma mais imediata, é o número de locais parados, que tenha adesão suficiente para parar o local. No final do dia teremos um balanço melhor das unidades e funcionários que pararam", disse o sindicalista.





Fonte: Agencia Brasil

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