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Agronegócios
Quarta - 06 de Abril de 2005 às 17:44
Por: Marina Guimarães

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Buenos Aires, 6 - O governo argentino voltou atrás e decidiu analisar o pedido do Brasil de dar um prazo de 60 dias para a entrada em vigor das novas regras para exportação de bananas brasileiras. A diretora de Proteção Vegetal do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa), Diana Guillen, informou à Agência Estado que a carta enviada pelo Ministério de Agricultura ao organismo, na última quinta-feira, "está sendo analisada e a resposta deverá ser dada nos próximos dias".

A assessoria de imprensa do Senasa tentou explicar a mudança da postura do organismo argumentando ter havido "um mal entendido" entre as direções de Proteção Vegetal e a de Quarentena Vegetal sobre a data de início da aplicação das novas regras. Em princípio, a medida passaria a valer a partir do dia primeiro de abril, depois passou para o dia 14 do mesmo mês. Porém, ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, o diretor de Quarentena Vegetal, Diego Quiroga, informou à AE que a medida entraria em vigor no próximo dia 18 de abril, porque "havia um acordo" entre ambos países.

A notícia causou mal estar no Senasa, especialmente entre as duas diretorias, já que o pedido brasileiro "está sendo avaliado" pela diretora Diana Guillen. Na carta enviada pelo Brasil foram detalhadas as ações de tratamento contra a bactéria (Pseudomonas Solanacearum) e os fungos (Opogona Sacchari e Verticillim Theobromae). O Senasa alega que as bananas exportadas pelo Brasil para a Argentina estão contaminadas com esses fungos e bactéria. Por isso, passou a exigir análises das cargas antes da autorização para ingresso em território argentino. As análises fitossanitárias podem levar até sete dias para ser concluída. Nesse período, toda a carga fica retida na fronteira entre os dois países, no lado brasileiro.

Atualmente, a análise é feita nas próprias fazendas. Os produtores brasileiros argumentam que, com a nova medida, as exportações ao vizinho serão seriamente afetadas.





Fonte: Agência Estado

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