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Terça - 05 de Abril de 2005 às 17:55
Por: Thaís Brianezi

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Manaus - O Projeto de Manejo dos Recursos Naturais da Várzea (Pró-Várzea) propôs ao Ministério do Meio Ambiente a criação de um Grupo Interministerial de Trabalho (GTI) para regularização fundiária das várzeas da calha do rio Solimões-Amazonas.

O objetivo é que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a Secretaria de Patrimônio da União (SPU) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) encontrem meios de operacionalizar a proposta do Pró-Várzea.

Aproximadamente 1,5 milhão de pessoas vive nas várzeas amazônicas sem ter um documento que garanta a posse da terra. Por ser um ecossistema frágil, alagado durante metade do ano, as várzeas são considerados por muitos juristas e ambientalistas como área de proteção permanente.

"O governo age, então, como se os moradores da várzea não existissem. Mas eles estão lá há gerações, invisíveis às políticas públicas", denunciou o coordenador do Pró-Várzea, Marco Rufino.

As terras às margens do Solimões-Amazonas pertencem à União. A proposta do Pró-Várzea é que o Incra passe a fazer a regularização fundiária dessas áreas, por meio de termos de concessão de uso coletivo do território. O aproveitamento econômico dos recursos naturais da várzea seria regulado por um plano de uso, semelhante aos planos de uso e de manejo existentes em unidades de conservação. "Hoje o Ibama não pode agir na várzea, porque ele não consegue aprovar um plano de manejo sem que a população apresente um documento que comprove a ocupação regular da terra", revelou Rufino.

A proposta de regularização fundiária da várzea da calha do Solimões-Amazonas foi apresentada pela coordenação do Pró-Várzea à direção do Incra, do Ibama e da SPU, em uma reunião ocorrida em Brasília, em janeiro deste ano. Segundo Rufino, não houve oposições ao projeto.

A Secretaria de Coordenação Amazônia do MMA, ao qual o Pró-Várzea está vinculado, deve encaminhar à Casa Civil o pedido de criação do GTI. O Pró-Várzea faz parte do Programa Piloto de Proteção das Florestas Tropicais (PPG7).





Fonte: Agência Brasil

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