Frango: empresas autorizadas não conseguem atender demanda coerana

Brasília, 17 - O governo brasileiro quer aumentar para 30 o número de frigoríficos habilitados a exportar carne de frango para a Coréia do Sul. Quatro empresas brasileiras credenciadas para exportação não conseguiram atender ao pedido feito para Coréia do Sul para fornecimento de 80 mil toneladas de frango. Esses frigoríficos exportam para outros mercados e não tiveram como atender o pedido de importação feito pela Coréia do Sul. O lote seria o primeiro a ser importado do Brasil.

A proposta para compra de 80 mil toneladas de frango brasileiro foi apresentada pelo presidente da Associação dos Importadores de Carnes da Coréia, Kang Shik Kim. Ele liderou delegação da entidade que fez uma visita técnica ao País entre sábado (12) e ontem (16). A missão era formada por quatro técnicos em sanidade animal - um deles especialista em processamento de carne suína. As informações são da assessoria de imprensa do Ministério da Agricultura.

A abertura do mercado da Coréia do Sul ao frango brasileiro foi anunciada no final de 2004, por meio de comunicado divulgado pelos governos dos dois países, durante a visita do presidente da Coréia, Roh Moo-hyun, ao Brasil. As negociações se estenderam por meses. Restrições sanitárias impediam o comércio do Brasil e a abertura do mercado da Coréia do Sul foi muito comemorada pelo governo brasileiro.

Para ampliar o número de frigoríficos habilitados, o Ministério da Agricultura solicitou hoje ao governo da Coréia do Sul a visita de outra missão técnica ao País. A proposta é que o grupo avalie as condições sanitárias dos frigoríficos exportadores. A Coréia enfrenta sérios problemas de abastecimento de frango desde a ocorrência da gripe aviária na Ásia. Por causa da doença, tradicionais fornecedores asiáticos do produto, como a Tailândia e o Vietnã, estão impedidos de exportar para o país.