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Terça - 15 de Março de 2005 às 19:14
Por: Keite Camacho

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Brasília - A Petrobras deve ter este ano uma produção média de 1,7 milhão de barris de petróleo por dia, em comparação ao produzido em 2004 (1,494 milhão barris por dia). A estimativa é do presidente da companhia, José Eduardo Dutra. Segundo ele, a queda da produção no ano passado foi fruto de um atraso no início de operação das plataformas P-43, P-48 e p-50.

"As três somadas representariam 450 mil barris de óleo por dia. Houve 2,8% de redução na produção, que será plenamente compensada com a entrada em funcionamento destas três plataformas este ano. A P-43 e a P-48 já estão operando e devem chegar à sua capacidade máxima em julho. Já a P-50 deve estar em atividade no segundo semestre", informou Dutra.

O presidente da Petrobrás esteve no Congresso Nacional para apresentar o relatório econômico-financeiro da companhia, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, mas o encontro foi adiado para o próximo dia 29. Na entrevista aos jornalistas, Dutra disse que a companhia elabora um outro plano de previdência para atender aos seus oito mil novos empregados que estão sem o benefício. Além disso, busca uma alternativa para o Plano Petros (o fundo de pensão dos funcionários).

"Estamos tentando construir uma alternativa que venha a sanar de uma vez por todas o plano Petros, porque não adianta adotarmos a posição mais cômoda, dizendo que a Petrobras é responsável por 50% e os beneficiados pelo restante, porque a Constituição federal assim determina. Cinqüenta por cento de muito dinheiro é também muito dinheiro", afirmou.

Dutra disse, no entanto, que em relação ao Petros não há sentido falar em rombo conforme vem ocorrendo. "Não significa rombo e nem aporte de recursos da Petrobras. O que há é déficit atuarial, ou seja, se considera a hipótese de que a Petros teria que arcar com os benefícios de todos os seus associados. Seria como se os 39 mil empregados da Petrobras se aposentassem ao mesmo tempo no dia de hoje. Traria para o presente todo esse valor que era para ser pago não só pelos da ativa, mas pelos aposentados e chegaria a esse valor. Compara com o ativo garantidor da Petros e se chega a esse déficit atuarial", explicou.

De acordo com o presidente da estatal, a Petrobrás tem ações na bolsa de Nova Iorque e tem que colocar no seu balanço todo o compromisso que venha a ter com o fundo de pensão. "Como o Plano Petros é um plano de benefício definido, as regras contábeis norte-americanas estabelecem que a empresa, ao lançar isso no seu balanço, tem que considerar como sendo sua responsabilidade todo o déficit do Plano Petros", explicou.





Fonte: Agência Brasil

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