Rio de Janeiro: ministério quer atendimento médico normalizado em menos de 24 horas

Rio - O ministro da Saúde, Humberto Costa, afirmou hoje que o governo vai reconhecer as dívidas junto aos credores privados do Sistema Único de Saúde (SUS) para garantir medicamentos, reforma de equipamentos e a normalização do atendimento médico em menos de 24 horas nos hospitais do Rio de Janeiro. O governo federal decretou estado de calamidade pública por tempo indeterminado na rede hospitalar do Rio e assumiu a gestão dos hospitais municipais.

O ministro garantiu que as unidades sob intervenção (os hospitais Cardoso Fontes, Andaraí, Ipanema, Lagoa, Miguel Couto e Souza Aguiar) poderão fazer compras emergenciais para que o abastecimento seja normalizado. "Essas compras, porém, terão como ponto de referência os nossos registros de preços. Não vamos permitir que qualquer aproveitador de hora difícil venha querer impor ao Ministério da Saúde preços irreais. Vamos utilizar os nossos próprios registros de preços para aquisição desses serviços emergenciais e, posteriormente, vamos realizar novos processos de licitações".

Segundo ele, o ministério também vai requisitar funcionários da prefeitura "com efetivo pagamento de salários e encargos" para agilizar o atendimento. A pasta também estuda a extensão de carga horária para os funcionários da saúde. Além disso, será publicado um edital para contratação imediata de profissionais.

"Nós não estamos aqui prometendo milagres, mas queremos dar uma solução. Nós teremos nos primeiros dias certamente alguns problemas, pois em muito dos hospitais o atendimento foi reduzido em mais de 80% e hoje boa parte da população não está nem mesmo procurando mais essas unidades. Devemos ter um grande fluxo de pessoas nos primeiros dias, mas vamos nos organizar para garantir o acolhimento e o atendimento dos mais necessitados", disse o ministro.