Celso Amorim visita centro de estudos brasileiros em Maputo e defende maior intercâmbio cultural
No centro, estudantes moçambicanos interessados em aprender português freqüentam aulas, procuram entender a cultura do Brasil e, em muitos casos, planejam estudar no país. Ainda este ano, o número de vagas para jovens moçambicanos nas universidades brasileiras deve aumentar. Atualmente, cerca de 25 estudantes por ano fazem curso de graduação no Brasil. "Precisamos aproveitar a proximidade da língua e reforçar ainda mais o intercâmbio de estudantes", defende Amorim.
O chanceler visitou a exposição Malangatana e o Imaginário Africano, uma coletânea da obra do pintor moçambicano Malangatana Ngwenya. Ele foi um dos artistas mais ativos durante a guerra civil em Moçambique, decorrente da descolonização e da luta pelo poder nacional. Nos quadros, o artista retrata o sofrimento de parentes, mulheres e crianças diante dos conflitos.
"Quando ele vem aqui, o centro fica totalmente lotado. As pessoas admiram muito seu trabalho", conta a diretora do centro, Alice Fontes. "Aqui é o ponto de encontro cultural entre Moçambique e Brasil. Temos realizado oficinas literárias e círculos de cinema com obras dos dois países. A troca é intensa", afirma.
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