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Cidades/Geral
Sábado - 05 de Março de 2005 às 12:04
Por: Patricia Neves

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Mais 350 alunos participaram desta sexta-feira (4) da cerimônia de entrega de certificados de conclusão de diversos cursos gratuitos do Plano Territorial de Qualificação (Planteq) de 2004, no auditório da Fiemtec, em Cuiabá. O projeto é uma parceria entre o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego e Cidadania (Setec) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – Senai-MT e integra o Plano Nacional de Qualificação – PNQ.

Nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande foram ministrados aproximadamente 15 diferentes cursos de qualificação industrial e de outras áreas, como panificação, informática básica e técnica em vendas. As aulas tiveram início no dia 06 de dezembro do ano passado.

O Planteq já realizou em todo estado 53 cursos, distribuídos em 28 municípios. Nas localidades onde não há uma estrutura para que as aulas sejam ministradas, entram em funcionamento os kits do Programa e Ações Móveis (PAM) do Senai, uma espécie de mini-laboratório que oferece todo material necessário para a realização dos cursos.

De acordo com o diretor regional do Senai, Gilberto Gomes Figueiredo, esses cursos vêm se aprimorando com o tempo. "Temos mecanismos que verificam o crescimento na demanda de alunos. O curso na área de construção civil, por exemplo, é bastante procurado. Além de outros em áreas comportamentais e no setor industrial", ressaltou.

Os alunos estavam ansiosos pela entrega do certificado. Desde dezembro do ano passado que eles freqüentam diariamente as aulas e aguardam a inserção no mercado de trabalho. A instrutora do curso de cabeleireiro, Enerstina Maria de Oliveira Fernandes, acompanhou de perto a dedicação de todos. "Eles não tinham experiência alguma e ficavam atentos a todos os ensinamentos. Trabalhamos voluntariamente em albergues e centros comunitários. As pessoas se encantavam com o trabalho desses novos profissionais e a maioria elogiava o serviço prestado", contou.

A dedicação da instrutora também não pára com o encerramento do curso. Depois da formatura, ela pretende continuar acompanhando os alunos em trabalhos voluntários. "Esta é uma forma de incentivar e auxiliar na conquista de experiência. Não adianta apenas jogá-los no mercado de trabalho sem um acompanhamento", enfatizou.

Edeneide Lucio, 23 anos, encontrou no curso de cabeleireiro uma forma de realizar um sonho. Ela, que sempre admirou as profissionais da área, agora poderá exercer a função. "Pretendo começar trabalhando em algum salão e quando estiver estruturada irei montar meu próprio negócio", revelou.

Com o certificado em mãos, a dona-de-casa Maria Piedade, 41 anos, pretende ampliar seus negócios. "Eu já fazia depilação e massagem em casa. O que me faltava era realmente uma qualificação maior", disse.

Os cursos de qualificação do PNQ também atendem portadores de necessidades especiais. Segundo a coordenadora da Unidade Estratégica de Educação Especial do Senai, Denise Torres Molina, é reservada uma porcentagem de vagas adaptadas a esses alunos. "Eles costumam aproveitar a oportunidade com força total. Considero um privilégio trabalhar com essas pessoas. É a chance de melhorar como ser-humano, perceber as diferenças e exercer a cidadania plena", falou emocionada.

Para esses próprios alunos a satisfação não é diferente. Douglas Correia Claro, 19 anos, é portador de deficiência física e mesmo assim foi atrás do seu sonho. Ele acaba de receber o certificado no curso de Informática Básica e agora pretende trabalhar na área. "Conheci pessoas e tive total apoio da minha família. Acredito que as portas irão se abrir daqui pra frente", comemorou.

De acordo com secretário-adjunto de Trabalho e Emprego da Setec, José Rodrigues, Mato Grosso tem atraído pessoas de outros Estados. "A população vem pra cá à procura de oportunidades. A agricultura é um setor que está em expansão e traz trabalhadores rurais. Esses cursos de qualificação profissional são uma forma de acreditar nessas pessoas e dar oportunidades para que possam ingressar no mercado de trabalho".

No Mato Grosso, o Governo do Estado entrou com uma contrapartida de 26% para a realização dos cursos, enquanto o convênio com o Governo Federal prevê 10%.





Fonte: Secom - MT

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