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Cidades/Geral
Quinta - 03 de Março de 2005 às 19:30
Por: Ronaldo Costa

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Principal via de acesso às bases e, invariavelmente, vítima de uso indevido por grupos políticos pouco escrupulosos, o movimento comunitário de Cuiabá deseja, agora, ter vez e voz. E o primeiro passo será dado nos dias 21 e 22 de março, no auditório da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), durante o I Congresso das Comunidades, quando autoridades do Estado e da Capital vão participar de conferências e debates com presidentes, vice-presidentes e ex-presidentes de associações de moradores.

O evento é promovido pela União Cuiabana das Associações de Moradores de Bairros (Ucamb) e União Coxipoense das Associações de Moradores (Ucam), com apoio de várias instituições. “O movimento comunitário é a voz das bases. Representa o sentimento da população, porque vive, no cotidiano, os problemas enfrentados por cada bairro”, explica Édio Martins de Souza, presidente da Ucamb.

“O presidente de bairro é o primeiro a receber as cobranças pela deficiência dos serviços públicos, como falta d’água, precariedade da iluminação pública ou um simples pneu furado da ambulância que atende à região”, resume Édio Martins. Patrono no movimento comunitário, fundador da Federação Mato-Grossense das Associações de Bairros (Femab) e a Confederação Nacional (Conam), nas décadas de 70 e 80, atual presidente da Ucam, Valmir Cardoso entende que houve uma evolução considerável no modelo de líder comunitário.

“Praticamente não existe mais a figura do líder comunitário que fica de pires nas mãos, em busca da solução de um problema. Hoje, a luta é macro, por melhorias diversificadas em seu bairro”, justifica Cardoso.Os coordenadores do Congresso das Comunidades, professor Benjamin Franklin Lira de Araújo, e Verônica Campos, entendem que trata-se de uma oportunidade ímpar para que os governantes conheçam um pouco das reivindicações dos líderes comunitários e vice-versa.

“Existem situações em que não há necessidade do presidente de bairro ir até o órgão, já que a solução está na própria administração regional. Isso deve ser passado pela Prefeitura de Cuiabá”, observan Benjamin Franklin. “Temos a chance de melhorar a comunicação entre poder público e comunidade”, justifica Verônica Campos.





Fonte: Diario de Cuiaba

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