Funasa aponta redução de 23,2% no número de crianças indígenas desnutridas
Em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional AM, Padilha citou também a redução no número de reincidências na região de Dourados (MS): "Nós temos dados que mostram uma queda do que chamamos de reincidência das crianças que eram internadas no Centro de Recuperação Nutricional. Elas saíam, voltavam para a aldeia e 60% delas logo retornavam doentes. Hoje, essa reincidência está em 10%."
Segundo o diretor, no entanto, a situação ainda "preocupa a todos e nós temos que manter a sociedade e a comunidade indígena mobilizadas para isso". Ele citou outros avanços: "Em 2004 atingimos a menor taxa de mortalidade infantil em povos indígenas, de 47 por mil nascidas vivas. Em 2002, eram 56 por mil, mas a taxa é muito alta se comparada com o restante da população brasileira".
As ações desenvolvidas pela Funasa desde o início do ano foram apontadas por Padilha como fundamentais para os resultados. Entre elas, lembrou o acompanhamento dos casos nas aldeias – "apesar da dificuldade de transporte, em algumas delas, só de helicóptero se consegue chegar" –e a freqüência na pesagem, medida e avaliação clínica das crianças. Também citou a busca de suplementação nutricional, com maior mobilização da comunidade e distribuição de cestas básicas. "Nós ainda temos um número importante de óbitos entre crianças, mas ele é o menor nos últimos anos", disse.
A Funasa conta com cerca de 10,5 mil profissionais de saúde em todo o país, explicou o coordenador, trabalhando em prevenção de doenças e desenvolvendo políticas de saneamento, dos cerca de 430 mil habitantes de terras indígenas no país. "Em 2004, foi investido o maior montante de recursos, R$ 22 milhões, em saneamento em áreas indígenas", informou.
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