Representantes da indústria pedem incentivo à pesquisa e tecnologia na reforma universitária

São Paulo – Dirigentes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI) pediram ao ministro da Educação, Tarso Genro, que o anteprojeto da reforma universitária inclua maior estímulo à pesquisa e tecnologia. A solicitação foi feita hoje (28), durante abertura do Fórum Inter-Regional Sul e Sudeste, promovido pela CNI, com o tema A Indústria e a Reforma da Educação Superior.

Para o vice-presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, a reforma universitária não estimula a pesquisa e o desenvolvimento das áreas de ciências exatas. "O mundo hoje está muito mais voltado para a tecnologia e precisa, através dos instrumentos e dos institutos de pesquisa, avançar ainda mais e trazer resultados concretos", afirmou.

O vice-presidente da Fiesp, João Guilherme Sabino Ometto, também acredita que o atual projeto dá pouca atenção para o desenvolvimento tecnológico. "Temos que ver o que os outros países estão fazendo porque teremos que enfrentar a competição. Não vai ser baixando nível que vamos formar doutores. A preparação do ensino básico e do ensino médio é fundamental".

Tarso Genro lembrou que o projeto não está fechado e ainda há tempo para enviar críticas e sugestões. "Muitas coisas podem ser incorporadas e algumas podem ser mudadas no projeto. O que nós não abrimos mão é de que a reforma do ensino superior esteja adequada e integrada àquilo que a Constituição chama dos princípios fundamentais da República".

O anteprojeto da Lei de Educação Superior, chamado de reforma universitária, receberá constribuições da sociedade civil até março. Depois, o texto segue para a Casa Civil e, então, será enviado ao Congresso. O ministro espera enviar ao Congresso o texto final da reforma até a metade de junho.