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Quinta - 24 de Fevereiro de 2005 às 10:11
Por: Márcia Oliveira

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A Justiça Federal brasileira condenou definitivamente João Arcanjo Ribeiro pelos crimes de porte ilegal de armas e contrabando. Essa é a primeira sentença irrevogável, de duas que existiam contra o acusado de comandar o crime organizado em MT. Por ela, Arcanjo deve cumprir 7 anos de reclusão em regime fechado, além de pagar multa pecuniária.

Esta, no entanto, é a mesma sentença que a Justiça uruguaia pede a anulação para que o pedido de extradição do "Comendador" seja concedido. Lá, em primeira e em segunda instância, a Justiça entendeu que ele foi julgado à revelia e que por isso a sentença deve ser invalidada.

Mas, para o juiz da 1ª Vara Federal de Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva, o que vale é a decisão local. "Por hora, para fins da Justiça brasileira, essa decisão é a que vale. Agora vamos buscar a execução assim que ele for extraditado", disse o juiz. Ainda segundo Silva, a decisão mostra a "efetividade das provas do processo". O último recurso dos advogados de Arcanjo no processo que julga sua extradição será apreciado na primeira semana de março, segundo a assessoria de imprensa da Embaixada do Brasil no Uruguai.

A decisão definitiva foi tomada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF/1ª), possivelmente porque os advogados de defesa desistiram do recurso ou não o apresentaram no prazo. Contra Arcanjo, além da sentença definitiva, existe a que ele foi condenado a 37 anos de reclusão, em primeira instância, por crime contra o sistema financeiro. Nesta porém, a defesa apresentou recurso que corre no TRF.

No dia cinco de dezembro de 2002, a Polícia Federal encontrou na casa de Arcanjo várias armas, entre elas as de uso restrito ou proibido como a espingarda de repetição Mossberg, modelo 500A, calibre 12, de origem americana e a espingarda Mossberg, modelo Marverick 88 Security, calibre 12, também americana.

Além das armas um grande volume de munições também foi apreendido.

CPMI do Banestado - O deputado federal do PT, José Mentor, informou ontem que Arcanjo não respondeu a nenhuma das perguntas encaminhadas a ele pela CPMI. O deputado disse apenas que recebeu uma caixa com documentos processuais do escritório de advocacia que defende Arcanjo e que os documentos já foram avaliados e não trariam nada de novo. "Eles não trazem qualquer informação que possa alterar o rumo da CPMI. Mesmo assim, vou acrescentar isso no relatório de conclusão dos trabalhos. São apenas documentos que já são conhecidos, textos feito por advogado", informou o deputado.

Segundo o deputado, a CPMI que apurou a remessa ilegal de dinheiro para fora do país será concluída no dia 27 de fevereiro e encaminhada para a Justiça.




Fonte: A Gazeta

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