Aposentada denuncia que foi humilhada em hospital de Brasília por ser de MT
Moradora de Cuiabá onde realizou uma cirurgia em abril deste ano para implantação de uma placa de titânio com 6 pinos para corrigir lesões na coluna ocasionadas por uma queda, a aposentada Adriene Edith Weber, 72, procurou o Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília, em outubro com intuito de realizar uma consulta e receber algumas orientações, mas afirma que foi maltratada e humilhada, por segundo ela, ser moradora de Mato Grosso.
Indignada com o “péssimo atendimento” que afirma ter recebido, ela questiona o fato de um hospital especializado em assistência médica e reabilitação subsidiado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) não aceitar atender pacientes que iniciaram o tratamento em outras unidades.
A aposentada também afirma que o hospital não respeita os idosos e nem cumpre o Estatuto do Idoso que garante diversos direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, entre eles garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de assistência social e atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população. “Eles recebem verba do SUS, dinheiro que todos nós ajudamos a pagar, fazem propagandas na televisão e campanhas nacionais afirmando que são referência em atendimento e tratamento de reabilitação, mas não respeitam os direitos idosos. Sou paciente do Sarah há 15 anos e não esperava ser tão humilhada em busca de uma simples consulta e orientações”, desabafa Adriene Weber.
Ainda conforme a aposentada que é austro-húngara naturalizada brasileira e moradora de Mato Grosso há 42 anos onde trabalhou por vários anos como guia de turismo no Pantanal e intérprete, pois fala 3 idiomas, o “mal atendimento recebido” no hospital a deixou desmotivada e depressiva. Reclama que ficou 12 dias em Brasília e gastou 4 salários com locomoção e custos da viagem e mesmo assim não foi atendida. Uma amiga que a hospedou em sua casa na capital federal chegou a enviar uma carta ao presidente do Centro Sarah de Reabilitação, Aloísio Paz explicando a situação da aposentada.
Na carta foi solicitado que uma equipe analisasse os exames e indicasse o tratamento e profissionais adequados para o tratamento de hidroterapia e a confecção de um colete cervical adequado para ela. “Recebi apenas uma ligação informando que o hospital tem como política não atender qualquer caso ou cirurgia realizado fora do Sarah”, afirma Adriene. Ela relata explica que a cirurgia foi realizada em um hospital particular de Cuiabá e custeada por um plano de saúde. “Tudo transcorreu bem e estou andando normalmente. Não queria que eles realizassem outra cirurgia e nem corrigissem qualquer tipo de erro médico. Só fui até lá para realizar uma consulta e obter orientações de profissionais para continuar meu tratamento”, enfatiza.
Outro lado: Por meio da assessoria de imprensa o Hospital Sara Kubitschek de Brasília, explicou que a instituição atende milhares de pacientes e para isso é necessário um agendamento prévio. O paciente precisa ligar e agendar uma data para a consulta e para o retorno. Garantiu que todas as pessoas recebem o mesmo tratamento, independente de ser a primeira vez que procura o hospital ou ser paciente da unidade há 15 anos. Negou qualquer tipo de desrespeito ou discriminação a pacientes e afirmou que respeita o Estatuto dos Idosos e da Criança e Adolescente, tanto que pessoas com esse perfil têm atendimento diferenciado e priorizado.
Sobre o caso da aposentada, a assessoria informou que se ela tivesse ligado e agendado uma data para a consulta não teria passado por uma situação desagradável. O hospital explicou que entende que a dor e o problema de cada paciente é prioridade para ele que procura uma solução o mais rápido possível, mas a instituição precisa atender toda a demanda e tratar todos da mesma forma e por isso trabalha com agendamento.
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