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Terça - 22 de Fevereiro de 2005 às 20:50

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O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, levantou nesta terça-feira a voz contra a impunidade na Amazônia e prometeu que seu governo acabará com os jagunços e a extração ilegal de madeira.

Ao falar sobre o assassinato de uma missionária americana e de sindicalistas agrários em conflitos pela propriedade da terra no Pará, Lula afirmou que seu governo combaterá a ocupação ilegal de terras.

"A morte da freira e dos sindicalistas é uma atitude pensada de alguns empresários do setor madeireiro que estão revoltados com a política que estamos fazendo no Pará", afirmou o presidente em um discurso no Mato Grosso do Sul (MS).

"Nós temos de acabar com essa situação na qual há alguns empresários comprando glebas de milhares de hectares, contratando jagunços e mandando matar quem está lá organizado, como estavam os trabalhadores rurais", prometeu o presidente.

"O Brasil não é terra de ninguém. Este país tem governo, tem lei e essa lei vale para o presidente e vale para um jagunço", acrescentou.

O governo do Partido dos Trabalhadores (PT) está sob pressão depois de uma série de assassinatos que chamaram a atenção sobre a impunidade e os crimes ambientais e sociais na Amazônia, uma área de mais de cinco milhões de quilômetros quadrados. Os conflitos no Pará começaram no dia 12, quando foi assassinada a freira americana naturalizada brasileira Dorothy Stang.

"Nossa tarefa agora é legalizar todas as terras possíveis e acabar com a ocupação ilegal de terras", disse o presidente.

Lula advertiu que o governo vai tomar as terras ocupadas de maneira ilegal. "Vamos certificar nossas florestas, e quem quiser cortar madeira vai ter que ter autorização", afirmou o presidente durante seu discurso em um assentamento rural no interior do MS.





Fonte: EFE

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