Três policiais civis de Primavera estão presos por tortura contra detentos

O juiz Agamenon Moreno Júnior decretou a prisão de três policiais civis de Primavera do Leste acusados de terem torturado dois presos albergados na semana passada. O delegado regional Jalles Baptista está presidindo o inquérito e só espera o laudo do exame de corpo de delito para concluir as investigações. Os três policiais estão na Delegacia Regional de Rondonópolis.

Os policiais que estão detidos são: Whasington, Alexandro e Jamilson. De acordo com o delegado regional, os dois presos prestaram o depoimento na Promotoria de Justiça que representou contra os agentes que tiveram a prisão decretada.

O delegado Regional explica que a o policial Alexandro foi detido na sexta-feira passada, (18) e trazido para Rondonópolis, os outros dois policiais se apresentaram ao delegado de Primavera do Leste na noite de sábado (19) e foram encaminhados para a Delegacia Regional na manhã de domingo (20). Eles vão continuar presos até que o juiz Agamenon decida pela liberação dos mesmos.

Jalles diz que a versão dos três policiais é que eles estavam investigando a participação dos dois presos albergados em um furto a uma loja de celulares ocorrido na semana passada em Primavera do Leste onde foram levados 50 aparelhos telefônicos. O crime de tortura teria ocorrido no dia 16, e um dos presos afirmou estar com um braço quebrado. O delegado disse que já ouviu todas as testemunhas e acusados e que só está aguardando o resultado do laudo pericial para concluir as investigações.

Nos depoimentos prestados ao delegado regional os três agentes afirmaram que havia indícios de que os albergados teriam praticado o crime porque não teriam se apresentado na Cadeia Pública para dormir na noite do dia 15. O furto teria sido praticado na madrugada do dia 16, mesma data em que os presos teriam sido espancados.

De acordo com o delegado regional os agentes presos disseram existir testemunhos de que os dois detentos teriam sido visto em uma lanchonete por volta da meia-noite da mesma data, e no local do crime foi encontrado um boné que pertenceria a um dos albergados, e um dos dois detentos estava com sinais de embriaguez na manhã desse dia.