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Cidades/Geral
Sábado - 19 de Fevereiro de 2005 às 21:03

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A Polícia Militar calcula que cerca de 300 pessoas participaram hoje, em São Paulo, do ato público pela libertação do engenheiro João José de Vasconcelos Jr., seqüestrado há um mês no Iraque. O objetivo do ato, segundo o irmão do engenheiro, Luiz Henrique Vasconcelos, é buscar o apoio de representantes das comunidades árabes.

"Se cada um deles fizer um trabalho com algum conhecido seu, algum religioso ou algum líder de comunidade do Oriente Médio, esperamos que essa mensagem em prol da liberação dele se espalhe, e a gente consiga sensibilizar o maior número de pessoas no mundo inteiro", explicou.

O filho mais velho do engenheiro, Rodrigo, lembrou que é preciso mostrar ao povo árabe que o povo brasileiro é pacífico e não apoiou o conflito no Iraque, e que essa mensagem chegue até os seqüestradores de seu pai e os sensibilize. "Esta é a nossa esperança", afirmou.

Apoio

A irmã de Vasconcelos, Carla, disse que os apoios recebidos até agora têm fortalecido a família. "Temos muita fé em Deus e, por não termos tido nenhum contato com os seqüestradores, não sabermos a natureza do seqüestro, a gente investe as nossas fichas e renova nossas esperanças", enfatizou. Ela destacou, também, o apoio total que a família tem do governo federal e da Construtora Odebrecht, empresa na qual seu irmão trabalha.

"É um alento a mais para a gente saber que o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim está lá no Oriente Médio, tratando diretamente do assunto. O governo e a Odebrecht têm tomado as ações necessárias, naturalmente, em total transparência e comunicação com a família", enfatizou.

A outra irmã do engenheiro, Isabel Vasconcellos, disse que o único contato que a família teve, até o momento, foi um vídeo que informava o seqüestro. Outras notícias que chegaram, sem confirmação, são contraditórias.

"Queremos mostrar ao mundo árabe que nós somos um povo solidário, irmão e amigo. No Brasil não existe distinção de raça, crença ou religião. Eles estão com o irmão errado", ressaltou.

Apesar das notícias desencontradas, o representante da Comunidade Muçulmana no Brasil, Sheik Ali Abdouni, que já fez vários contatos com lideranças religiosas no Líbano, deu esperanças à família, lembrando que já houve casos anteriores nos quais famílias de seqüestrados ficaram até três meses sem notícias e seus parentes foram libertados.

O vice-representante da Comunidade Muçulmana no Brasil, Sheik Jihad Hassan Hammadeh, disse que a expectativa é que o apelo pela libertação do engenheiro chegue aos seqüestradores. Ele acrescentou que a comunidade ajudou os representantes do governo brasileiro a contatar os Conselhos dos Sábios do Iraque e do Líbano, viajando ao Oriente Médio para divulgar um apelo pela libertação de Vasconcellos Júnior.

"O apelo foi divulgado pelo Oriente Médio em todos os meios de comunicação e isso, chegado ao povo, certamente chega aos seqüestradores", explicou. "Estamos aguardado agora para ver os frutos disso que, com certeza, serão positivos. Esta é a nossa esperança e a nossa crença, e se for necessário voltarmos ao Oriente Médio, cancelaremos todos os nossos compromissos".

A manifestação foi promovida pela família do engenheiro, e contou com o apoio de várias entidades, como a Confederação Nacional das Entidades Líbano-Brasileiras, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Central Geral dos Trabalhadores (CGT), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Federação das Entidades Árabes do Brasil, Sindicato Nacional dos Aposentados e os Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA) de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.





Fonte: Agência Brasil

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