PMs do Rio atiram por enagno em agente federal

Rio de Janeiro - O agente federal Humberto Filgueiras e a mulher dele, Patrícia Santos, foram baleados por engano por policiais militares do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira.

Acompanhado também da filha de 4 anos, o policial federal , de 35, estava perto de casa em seu carro, um Mitsubishi, quando foi cercado por PMs do 1.º e do 2.º batalhões, que atiraram mais de dez vezes. Ele foi baleado no ombro e na perna, e a mulher em uma das pernas. A criança não ficou ferida. A família viajava para Búzios, Região dos Lagos. A PM informou que os policiais estão sob prisão administrativa, por três dias.

Segundo o serviço de Relações-Públicas da PM, cinco patrulhas do 2.º Batalhão, com o apoio de uma equipe do 1.º Batalhão, tentavam recuperar o carro do desembargador Luiz Zveiter, que seria do mesmo modelo do carro de Filgueiras e havia sido roubado na Praia do Flamengo. Os policiais montaram uma barreira na Rua Alice, em Laranjeiras, ao lado da Rua Mário Portela, onde o casal foi baleado. "Estamos averiguando se o policial federal teria ultrapassado essa barreira", disse a tenente PM Carla Martins. Ao ser perguntada se os PMs recebem ordem para atirar em carros que não param em blitze, a tenente disse que "a ordem nunca é atirar".

As armas dos policiais foram apreendidas para perícia, e todos terão de prestar depoimento. O caso foi registrado na 9.ª Delegacia Policial (Catete) e será investigado também por um inquérito policial-militar e uma sindicância da corregedoria da PM.

De acordo com a relações-públicas da PM, o casal foi socorrido por policiais que participavam do comboio e levado para o Hospital Miguel Couto. Patrícia foi transferida para o Hospital Copa D´Or e já recebeu alta. Ontem, o policial federal continuava internado na UTI da clínica Santa Maria, em Laranjeiras.