Polícia de Goiás instaura três inquéritos para apurar operação no condomínio Sonho Real

Brasília - A Polícia Civil do estado de Goiás instaurou três inquéritos para apurar a ocupação e a operação de reintegração de posse do Condomínio Sonho Real, no Parque Oeste Industrial, em Goiânia. O primeiro se refere à constituição irregular de loteamento, estelionato na venda de lotes irregulares, formação de quadrilha e extorção. Foram expedidos mandados a 23 líderes da ocupação, entre eles três policiais militares. Dez mandados já foram cumpridos, sendo que oito pessoas foram liberadas. Os presos são Américo Rodrigues Novaes, que se encontra na Delegacia de Homicídios, e o policial militar Agildo Vagner, que foi recolhido a um Batalhão da PM. Ambos são considerados pela polícia líderes da ocupação.

De acordo com o delegado Valdir Soares (22º Distrito Policial de Goiânia), que apura o caso, os demais mandados de prisão serão cumpridos nas próximas horas. Ele diz que houve confusão ontem (17) durante a tentativa de prender um dos líderes da ocupação durante a assembléia realizada pelas famílias despejadas, realizada em frente à Catedral Metropolitana da cidade. "Tentamos fazer a prisão de uma das lideranças, que é traficante de drogas, e é o principal suspeito de ter tentado matar o tenente Ricardo", esclareceu.

O segundo inquérito policial trata da tentativa de homicídio contra o tenente Ricardo Mendes durante a desocupação, que está hospitalizado. "Estão sendo arroladas testemunhas e fizemos exames no local e das viaturas que participaram da operação", disse. O terceiro inquérito investiga a morte de dois sem-teto, identificados como Wagner da Silva Moreira e Pedro Nascimento.

De acordo com o delegado, a Polícia Civil está em ação contínua para esclarecer o caso. "Temos feito as prisões e estamos dando andamento aos inquéritos, porque a sociedade goiana pede uma resposta rápida a estas ações", afirmou.