Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Quinta - 17 de Fevereiro de 2005 às 07:12

    Imprimir


A proliferação dos moluscos que chegaram através de criadouros na intenção de que substituíssem o scargot, o que não deu certo, tem sido cada vez mais rápida. Isto se deve ao fato do caramujo africano poder produzir cerca de 900 ovos, cada um deles com um ritmo de crescimento que varia de duas a três semanas até atingir um centímetro. Encontrando um habitat natural repleto de alimentos, principalmente de material orgânico (lixo), eles podem acelerar ainda mais o ritmo de reprodução.

Segundo a coordenadora do CCZ, Silene Rocha, todos os moluscos coletados ontem de manhã passarão por estudos no departamento de biologia da Universidade de Cuiabá (Unic). O grande objetivo é descobrir se eles já estão contaminados pelo verme nematódio ou por algum outro verme. Para evitar problemas futuros, a prefeitura montará um cronograma de coleta nos bairros Santa Helena, Santa Isabel, Bau, Quilombo, Beira Rio e Araça.

Rejeitado como alimento pelos mato-grossenses, os moluscos foram abandonados, o que possibilitou a migração rápida para a cidade. Eles também são qualificados como séria praga agrícola por atacar e destruir plantações, com danos maiores em plantas de subsistência de pequenos agricultores (mandioca e feijão) e plantas comerciais da pequena propriedade.

O caramujo africano ainda pode hospedar o verme Angiostrongylus costaricensis, causador da angiostrongilíase meningoencefálica humana, doença grave capaz de ocasionar a morte por perfuração intestinal, peritonite e hemorragia abdominal.(RD)




Fonte: A Gazeta

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/359524/visualizar/