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Agronegócios
Quarta - 16 de Fevereiro de 2005 às 07:38
Por: Justina Fiori

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Base da economia de Rondonópolis (210 quilômetros ao Sul de Cuiabá), a agricultura pode estar transformando a cidade num dos maiores pólos de produção de fertilizantes do País. Cinco empresas são responsáveis hoje por cerca de 8 mil toneladas/dia de produção, o que corresponde a 36% da demanda estadual durante toda a safra agrícola.

A localização estratégica da cidade – no entroncamento das duas principais rodovias que atravessam o Estado, a BR 163 e a BR 364 – o que facilita o ingresso da matéria-prima e o escoamento da produção. O material é importado da Ásia, Europa e América do Norte e chega em caminhões ou pela Ferronorte até Alto Taquari (509 quilômetros a Sudeste de Cuiabá).

De Rondonópolis, o fertilizante já preparado, é escoado para as fazendas de Mato Grosso, parte de Mato Grosso do Sul e parte de Rondônia. A dosagem dos nutrientes leva em consideração o tipo de cultura e as características do solo em Mato Grosso, uma grande vantagem para o produtor rural.

A Fertilizar é a empresa pioneira em Rondonópolis na produção de fertilizantes. Criada em 1990, hoje a empresa produz 60 toneladas por dia e deve aumentar para 90 toneladas a partir de fevereiro: um número bem distante das 15 mil toneladas por dia registradas no começo da atividade, há mais de uma década, quando apenas seis funcionários trabalhavam no local.

Para aumentar a produção, a empresa está investindo R$ 200 mil na compra de equipamentos e geração de mais cinco empregos. O sistema é todo automatizado e produz fertilizantes químicos e granulados.

O proprietário, Luiz Fernando Rios, veio de Curitiba (PR), onde já trabalhava com fertilizantes como representante de outras empresas. Atualmente, não se arrepende de ter escolhido Rondonópolis para montar a sua própria empresa. “Estamos ampliando a nossa produção e gerando empregos. Isso é muito bom”, diz.

Uma das mais novas fábricas de fertilizantes é a Adubos Trevo, nome já conhecido no mercado nacional. A fábrica produz hoje 400 toneladas dia e gerou 40 empregos diretos ao ser inaugurada em abril do ano passado. Toda a matéria-prima vem da Ásia, Europa e do Brasil, principalmente da matriz da empresa em Rio Grande (RS). O supervisor industrial, César Nóbrega, diz que o projeto da Adubos Trevo é atender aos produtores rurais de todo o Mato Grosso.

A multinacional ADM tem a maior capacidade de produção instalada do Estado. Atualmente, chega a 4 mil toneladas/dia. Para isso, emprega 165 funcionários. O resultado são produtos que atendem a todas as culturas, principalmente à soja, carro-chefe da agricultura brasileira.

Outra que não fica atrás é a Bunge Fertilizantes, que está em Rondonópolis com 101 funcionários dedicados à produção de 3 mil toneladas/dia. De lá, sai a produção de fertilizantes das marcas Manah, Serrana, Ouro Verde e Iap.

A Botânica Fertilizantes tem sete anos de vida e trabalha com fertilizantes para a produção de sementes e fertilizantes foliares, atividade que requer manejo diferenciado em relação à produção de grãos. Uma boa clientela está na Serra da Petrovina, entre Rondonópolis e Alto Garças, onde a topografia e a temperatura contribuem para a qualidade e produção de sementes.

Segundo João Batista Subtil, proprietário, a empresa produz 5 mil litros/dia de fertilizantes líquidos e 4 toneladas de fertilizantes sólidos. Toda a produção se destina às culturas de soja, milho, arroz, trigo e outros grãos.

O setor ajuda a movimentar ainda mais a economia local com a geração de empregos e na arrecadação de impostos. E os resultados podem ser ainda melhores se confirmada a expectativa de instalação de novas empresas, como a Solovivo, que já teria feito contato nesse sentido, além da indústria italiana Novagro, Adubos Deltra, Sudoeste, Península e Nitrobrás.




Fonte: Diário de Cuiabá

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