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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Quinta - 06 de Janeiro de 2005 às 09:18
Por: Janã Pinheiro

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As pessoas que trabalham em regime de escravidão no país são encontradas pelas equipes de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em situação degradante. Muitas são espancadas e até mesmo mortas quando ameaçam deixar a propriedade.

"Esses trabalhadores são levados para as fazendas, têm que pagar o seu translado, alimentação e até mesmo as ferramentas. Tudo é vendido a preços exorbitantes. A maioria dessas pessoas jamais conseguiria saldar a dívida", explica Marcelo Gonçalves Campos, coordenador do Grupo Especial de Fiscalização Móvel do MTE.

Conforme ele, essas pessoas são levadas para trabalhar em setores dinâmicos da produção. Ou seja, plantação de sementes, de cana de açúcar, setor madeireiro, entre outros. São propriedades que produzem para o mercado interno e até mesmo externo", diz.

Campos ressalta que as fazendas que mantém trabalhadores escravos sempre têm como responsável pela administração um "gato" - pessoa que arregimenta e contrata mão de obra. "O proprietário não mora no local. Independente disso, ele é o responsável por aqueles trabalhadores, esteja onde estiver", destaca.

Muitas dessas fazendas têm pista de pouso, onde os proprietários pousam com seus aviões particulares. "Como não residem no local a maioria deles tenta se desvincular para não se responsabilizar pelos trabalhadores", diz.(JP)




Fonte: A Gazeta

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