Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Terça - 04 de Janeiro de 2005 às 08:46
Por: Maria Angélica Oliveira

    Imprimir


Empossado ontem, o novo secretário de Trânsito e Transporte Urbano de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, anunciou a primeira medida: baixa hoje uma portaria criando um grupo técnico para estudar a desativação gradativa do terminal de integração da praça Bispo Dom José. Os estudos deverão atender a uma das promessas de campanha do prefeito eleito Wilson Santos (PSDB). Uma proposta deverá ser apresentada em no máximo 60 dias.

O grupo será formado pelos três funcionários que já fazem parte de outro grupo técnico que estuda o sistema de bilhetagem eletrônica desde outubro do ano passado. Questionado sobre quando o sistema começará a operar o trânsito em Cuiabá, o novo secretário disse não poder falar em prazos.

Ainda se inteirando da situação da SMTU, Pinheiro disse que pretende marcar uma reunião com a Associação dos Transportadores Urbanos (MTU) para acelerar o processo de implantação da bilhetagem. De acordo com ele, as empresas já adquiriram as catracas eletrônicas mas os equipamentos ainda não foram instalados nos 337 ônibus.

O grupo criado pela portaria irá analisar algumas propostas para desafogar o fluxo de veículos no terminal. Uma delas seria construir pequenas estações ao longo de avenidas de grande porte (como a XV de novembro) e não permitir a circulação de ônibus em locais de estrangulamento do trânsito (como a 13 de junho).

A estação foi projetada inicialmente para atender uma média de sete mil passageiros por dia. Teve a capacidade ampliada para 20 mil mas hoje recebe o triplo. Cerca de 600 ônibus passam por ali diariamente. Nos horários de pico, o ruído produzido pelos motores chega a 97 decibéis – bem longe do limite considerado seguro, de 85 decibéis.

De acordo com o coordenador do grupo, Leopoldino Pereira Queiroz, os estudos estão em fase adiantada. Mas ainda não se sabe quantos terminais de integração serão construídos e onde. Por enquanto, cogitam-se avenidas de grande movimento, como a Fernando Corrêa e a Rubens de Mendonça (CPA).

Outra incógnita é a definição do tempo de validade de cada cartão, ou seja, a duração média de cada integração. “Há lugares que tem ônibus de cinco em cinco minutos. Em outros, o ônibus demora quase uma hora”, afirma o coordenador. São consideradas “linhas deficitárias” as do Jardim Ubirajara, Jardim Fortaleza e São Francisco, por exemplo.

Some-se uma outra dificuldade: educar a população para utilizar o novo sistema de transporte, o que deverá ser feito por meio de uma campanha. Para fazer tudo isso, o secretário terá um orçamento de R$ 1,96 milhão, valor muito inferior aos R$ 6 milhões que a SMTU recebeu em 2004.

O Fundo Municipal de Transportes é outra fonte de receita da pasta, mas arrecada pouco: cerca de R$ 320 mil por mês. Aproximadamente 20% desse valor têm que ser repassados para o Departamento Estadual de Trânsito (Detran).




Fonte: Diário de Cuiabá

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/361674/visualizar/