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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Quinta - 23 de Dezembro de 2004 às 18:12
Por: Raquel Teixeira

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Neste ano, o Governo do Estado ampliou os investimentos em educação indígena, fortalecendo a formação de professores na área e priorizando a construção de escolas em aldeias. Das 32 novas unidades escolares construídas em 2004 dentro do programa Escola Atrativa de Planejamento Estratégico, 12 delas estão localizadas em áreas indígenas.

O destaque é a formação de professores indígenas, por meio do campus da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) em Barra do Bugres, como um avanço para a qualidade de ensino nas aldeias. "Dificilmente o professor não-índio fica na aldeia. As escolas de grande porte já estão tendo demanda para ensino médio, por isso a formação de professores índios é fundamental", reforçou o superintendente de Política Indígena, Idevar Sardinha. Em Mato Grosso, 163 escolas, sendo 18 estaduais e 142 municipais, funcionam nas aldeias. São 475 professores que atendem 8,5 mil alunos.

Neste ano, Mato Grosso sediou a 1ª Conferência Internacional sobre Ensino Superior Indígena" e o "Seminário sobre Políticas Públicas de Educação Indígena", onde foram discutidos os rumos da Educação Indígena nos Países das três Américas, envolvendo diversos segmentos da área - pesquisadores, professores, técnicos, lideranças e acadêmicos. A conferência serviu para que professores indígenas do Estado apresentassem suas experiências e a reivindicação do aproveitamento de índios formados. Quanto ao currículo escolar, o debate foi em relação à valorização e o respeito à diversidade dos povos indígenas, visando sempre a qualidade do ensino.

O resultado da conferência se constituirá em um documento que será encaminhado aos secretários e ministros de Educação dos países das Américas. Este documento vai subsidiar a formulação de políticas públicas para o Ensino Superior Indígena.

"Pela primeira vez fomos chamados e ouvidos para discutir a situação de nossas escolas. Esse foi um importante momento para a educação indígena em Mato Grosso", afirmou Korotowi Taffarel Ikpeng, diretor de uma escola indígena que atende 140 alunos da aldeia Moyeu, no Parque Nacional do Xingu.”Os encontros foram fundamentais para que se fizesse o levantamento de necessidades que temos", disse.

Mato Grosso mantém 21 escolas indígenas que possuem cerca de 3,5 mil alunos e ainda ajuda a manter, em parceria com Prefeituras, outros 6,5 mil estudantes. Outra reivindicação foi a necessidade de se preparar um concurso específico para professores indígenas, sendo que a grande maioria dos professores possuem apenas o nível médio. Em 2006, o Estado irá formar os primeiros 200 professores índios em nível superior.

SAÚDE – O setor da saúde também foi priorizado pelo Governo, mesmo não sendo uma competência do Estado, uma vez que a responsabilidade pela saúde indígena é da Fundação Nacional do Índio e Fundação Nacional da Saúde (Funasa).

Na reserva xavante Sangradouro, no Município de Primavera do Leste (231 km ao Sul de Cuiabá) o Governo construiu e equipou um Posto de Saúde da Família. O investimento na unidade, de R$ 45 mil, inclui equipamentos para atendimento básico à saúde, além de vacinação, consultas, aparelhos para aferição de pressão e climatização do local. Os profissionais que atenderão no posto são da Fundação Nacional do Índio, que por meio da Funasa é o órgão responsável pela saúde indígena.

O posto é o primeiro a ser implantado na reserva, que até então não tinha nenhum tipo de serviço fixo de atendimento a saúde. "É mais uma meta cumprida pelo Governo do Estado em atender e priorizar a saúde indígena, fornecendo estrutura para atendimento básico", destacou o secretário-adjunto de Gestão, Jacson Oliveira.

Além de obras na saúde, o Governo, em parceria com Funasa e Prefeituras está promovendo a capacitação de 30 profissionais da área de saúde, das equipes multidisciplinares de Brasnorte e Tangará da Serra, que posteriormente desenvolveram junto à população indígena uma campanha de prevenção e assistência a doenças sexualmente transmissíveis (DST), como a AIDS.




Fonte: Secom - MT

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