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Agronegócios
Quinta - 23 de Dezembro de 2004 às 07:40
Por: Fabíola Salvador

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Brasília, 22 - Amostras de material genético recolhidas de bovinos com suspeita de febre aftosa foram encaminhadas hoje para análise no Laboratório de Apoio e Referência Animal (Lara) de Belém, no Pará. A informação é da assessoria de imprensa do Ministério da Agricultura. A suspeita é que bovinos de uma fazenda situada na fronteira entre o Mato Grosso do Sul e o Paraguai, no município brasileiro de Paranhos, estejam com aftosa. Um rebanho de 50 animais está isolado numa fazenda do município, informou a Secretaria de Agricultura do Estado do Mato Grosso do Sul.

De acordo com o ministério, só a análise feita em Belém poderá confirmar ou não o registro da enfermidade no rebanho do Mato Grosso do Sul. Testes preliminares podem sinalizar a presença de aftosa nos animais, mas técnicos da Secretaria de Defesa Agropecuária do ministério explicaram que é comum que a vacinação "mascare" o vírus da aftosa.

"Os testes sorológicos feitos em Belém indicarão se há a presença da doença ou se os anticorpos vão provenientes da vacina", comentou um técnico. Os pecuaristas do Estado vacinaram seus rebanhos em novembro. A expectativa é que os resultados estejam disponíveis em até 20 dias.

Se confirmada a suspeita, esse será o terceiro foco de febre aftosa no rebanho brasileiro neste ano.

O primeiro registro foi confirmado no município de Monte Alegre, no Pará, no mês de junho. Esse foco interrompeu um período de 34 meses sem registro da doença no rebanho brasileiro. O último registro tinha sido comunicado em agosto de 2001, no Maranhão.

Um segundo foco da doença foi notificado pelo Ministério da Agricultura em setembro, desta vez no município de Careiro da Várzea, no Amazonas. Esse registro ainda traz prejuízos comerciais para o País. Desde o dia 21 de setembro a Rússia não compra carne produzida no País. Acordo entre os governos dois países permitiu o embarque dos lotes negociados antes de 21 de setembro. Em novembro, Moscou decidiu levantar parcialmente a suspensão e autorizou o comércio de produto proveniente de Santa Catarina.




Fonte: Agência Estado

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