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Cidades/Geral
Terça - 21 de Dezembro de 2004 às 09:04

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"A Polícia vem ligeiro para prender um doente. E o médico, não sei quando vai me ver". A frase foi dita ontem pelo pintor Luiz Feitosa, 46, que chegou com náusea, dor de cabeça e febre no Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC) e esperou das 14h às 18h para ser atendido. Antes de ver um médico, porém, a recepção do PSMC chamou a Polícia para acalmar os ânimos do doente, que insistia em ser atendido. "Estou revoltado, porque cheguei aqui ruim, esperei até agora e não sei que horas vou ser atendido. Acho que estou intoxicado com pó de massa corrida, pois sou pintor e estou mexendo muito com isso. E ninguém me atende, nem me diz quando vai me receber", disso ontem do PSMC.

O eletricista Natanael Vilela, 52, também compartilhava da mesma revolta. "Já estou aqui há 4 horas. Meu filho amanheceu com o rosto e as pernas inchadas e a recepção diz que só vai atender casos graves. Quero saber para onde vou levar meu filho? Quem vai me atender se não for aqui?" -questionou o trabalhador.

Os médicos do município estão de greve por estarem há 3 meses sem salário e só estão atendendo urgências e emergências. O secretário de Saúde, Luiz Soares, informou, via assessoria, que a estrutura não tem o que fazer, a não ser cortar ponto e abrir sindicância para responsabilizar omissos.




Fonte: A Gazeta

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