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Cidades/Geral
Terça - 21 de Dezembro de 2004 às 09:02
Por: Márcia Oliveira

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Quase 30 dias depois de o jornal A Gazeta denunciar que duas crianças cadastradas no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) sustentam a família com o dinheiro que pedem no trânsito de Cuiabá, nenhuma ação efetiva foi tomada pela Secretaria de Bem Estar Social para resolver o problema.

A coordenadora do Peti na Capital, Maria de Fátima Almeida Leite, foi contactada antes e depois da matéria ser publicada, atitude que não evitou que os irmãos, Wilian Silva, 12, e Gustavo Silva, 9, continuem "em situação de risco", cumprindo jornada diária, na esquina da avenida Mato Grosso, com a Rubens de Mendonça. Ao ser procurada pela reportagem por quase três semanas - na secretaria e em seu celular - Maria de Fátima só atendeu à reportagem ontem para informar sobre as providências que havia tomado. "Estou de férias a partir de hoje e antes de sair fui até a casa da família mas não encontrei a mãe. A assistente social também esteve lá, mas não conseguiu falar com ela. Então, encaminhamos o problema para o Conselho Tutelar, que nos informou que essa mãe já passou por eles outras vezes", explicou a coordenadora. Ao ser questionada sobre o porquê dela e sua equipe não terem retirado as crianças da rua, Maria de Fátima disse que essa não é sua responsabilidade, mas do Conselho e que não podem agir juntos. "Eu não posso abordar crianças na rua junto com o Conselho, esse é o papel dele", declarou. Quanto ao fato de Peti também ter a responsabilidade de encaminhar a família para o emprego e encaminhar as crianças novamente para a escola, a coordenadora respondeu que o que podiam ter feito já fizeram. "Nós oferecemos capacitação, mas a mãe das crianças não se procurou em fazer o curso.

Não podemos obrigar ninguém a participar. E sobre a escola, o Conselho deve encaminhar", respondeu. O coordenador Estadual do Peti, Ronaldo Fernandes, afirma que a situação das crianças é "gravíssima" e que elas deveriam estar na escola e não na rua. "Vou pedir informações ao secretário", afirmou.




Fonte: A Gazeta

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