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Terça - 21 de Dezembro de 2004 às 08:56
Por: Daniel Pettengil

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Cuiabá tem um Jardim Botânico, mas sua paisagem não agrada aos olhos. O bairro periférico, que hoje recebe as doações arrecadadas com a campanha "Natal da Solidariedade", do Grupo Gazeta, é marcado pela pobreza e absoluta falta de estrutura por todos os lados.

Surgido de uma invasão há cerca de 1,5 ano, "grilo" Jardim Botânico, localizado na região do Distrito Industrial, é apontado como um dos bairros mais carentes da Capital. O nome é uma alusão longínqua ao secular instituto de pesquisas instalado no Rio de Janeiro, que abriga belas áreas para o estudo da fauna e da flora. "Tinha muita cobra por aqui, elas apareciam em cada terreno que era limpo, por isso batizamos o bairro com esse nome", explica um dos moradores, que também é vice-presidente do bairro. As quatro ruas abertas pelos próprios moradores são preenchidas por barracos feitos de sobras de madeira. Poucas casas de alvenaria. Qualquer chuva mais forte provoca o alagamento de todo o local, que já é tomado pela lama normalmente.

Não há rede de esgoto e a energia chega aos barracos por "gambiarras". Ônibus, só duas vezes por dia, às 5h40 e 7h. "Esperamos mais ajuda para continuarmos lutando. O povo daqui é trabalhador e guerreiro", observa Argileu Rodrigues Rebouças, um dos primeiros moradores do bairro.

As doações serão entregues no campo de futebol do bairro, no início da tarde, a todos os moradores. A expectativa é de que 247 pessoas, já cadastradas, recebam as cestas básicas e brinquedos arrecadados com a campanha, que também englobou o "Pedágio da Solidariedade".

No final da tarde de ontem, o empresário Luiz Alberto Buzetti entregou, na sede do Grupo Gazeta, 52 cestas básicas para o "Natal da Solidariedade". "Se o trabalho é sério, não há como não ajudar", disse Flávia Buzetti, filha do empresário.




Fonte: A Gazeta

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