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Cidades/Geral
Sábado - 18 de Dezembro de 2004 às 08:30
Por: Alecy Alves

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O balanço sobre as atividades de Segurança Pública em 2004, apresentado ontem pelo secretário Célio Wilson de Oliveira e toda a cúpula do setor, mostra uma redução significativa nos índices de homicídios, crimes contra o patrimônio (roubos e furtos), nos gastos com a máquina e alimentação de presos.

Em 2003 foram registrados no estado 6.660 roubos, contra 4.784 este ano – até novembro. Os gráficos mostram uma queda de 22% ou 1.484 queixas a menos. E mesmo sem os dados deste mês, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) acredita que não haverá grande mudança nos dados em razão da queda registrada durante o ano todo.

Em Cuiabá, os gráficos deste ano apontam uma redução oscilante de 21 a 27% nessa modalidade de crime. No último trimestre de 2003, por exemplo, foram registrados 1.211 roubos contra 670 em outubro e novembro de 2004.

As estatísticas sobre homicídios apresentam redução menor na capital. Aqui, 225 pessoas foram assassinadas em 2003, contra 188 até o novembro deste ano, segundo dados oficiais. A expectativa da Sejusp é de uma redução de 10% no número de mortes por armas – faca, revólver e outras. Em Várzea Grande a queda foi maior. Ano passado ocorreram 87 assassinatos e 62 este ano - até novembro. A grande redução aconteceu no terceiro trimestre: 12 casos este contra 34 no ano passado.

Com uma média de 21,6 assassinatos para 100 mil habitantes, o estado fica bem abaixo do índice aceitável, que seria de 35 casos. Mas na comparação individual Cuiabá, onde acontece a maioria das mortes, supera o tolerável com 39,13 homicídios. Mas essa realidade já foi pior, de 44,6 e 44,3 em 2002 e 2003, respectivamente. Conforme o secretário Célio Wilson, a partir destes dados o governo está definindo as ações específicas de segurança pública para o próximo ano.

Sobre redução de gastos, Célio Wilson citou como exemplos a economia de R$ 7,8 milhões com alimentação de presos, sem comprometer a qualidade das refeições oferecidas. Através do sistema de pregão, o Estado contratou, segundo ele, quem de fato prepara a comida dos detentos. “Eliminamos a figura do atravessador, aquele que tinha contrato com o estado e que sublocava a tarefa de fazer as refeições pela metade do que recebia por preso”, disparou ele.

O secretário reclamou da forma como o governo federal vem conduzindo o processo de implantação do Sistema Único de Segurança Pública (Susp). “Sou a favor do Susp, mas não com alguém apenas indicando o que o estado tem que fazer”, criticou.




Fonte: Diário de Cuiabá

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