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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Quarta - 15 de Dezembro de 2004 às 15:16
Por: Carlos Martins

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Em 30 dias estará funcionando em Cuiabá o primeiro Centro de Capacitação e Reciclagem do Centro-Oeste, uma iniciativa da empresa norueguesa Tomra Latasa Reciclagem S.A. e que contará com a parceria do Governo do Estado por meio das secretarias de Trabalho, Emprego e Cidadania (Setec) e Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme). A parceria poderá representar a criação de 2,5 mil empregos diretos dentro de um ano, já que o trabalho será estendido a outras regiões do Estado. O convênio foi assinado na manhã desta quarta-feira (15.12), no Centro de Eventos do Pantanal pelo governador Blairo Maggi e do diretor-presidente da Tomra Latasa, José Roberto Giosa e de secretários e dirigentes de órgãos do Estado.

O Centro está sendo construído na rua Padre Jerônimo Batista e numa primeira etapa estão sendo investidos R$ 500 mil. Numa etapa posterior, serão aplicados mais R$ 1 milhão. Para o diretor da Tomra Latasa, a unidade de Mato Grosso deverá repetir o modelo vitorioso já provado em 14 estados onde a empresa instalou centros semelhantes. Com a parceria da Setec, o centro treinará micro-empresários, profissionais liberais, donas-de-casa, cooperativas de catadores, mostrando como se separa corretamente o material reciclável, os cuidados que se devem tomar na hora de separar e preparar o material para a venda. Todos esses cuidados agregam valor no momento da comercialização. Hoje no Brasil, 160 mil pessoas vivem da reciclagem, obtendo uma renda mensal entre dois e quatro salários mínimos.

Para José Roberto Giosa, o Centro de Capacitação e Reciclagem é uma oportunidade de transformar aquele material que “entope as bocas de lobo e poluem os rios” em emprego e renda e também proporcionar a arrecadação de mais impostos para o Governo. “O Governo do Estado foi o Estado empresário. Estado na hora em que agiu com transparência, com o rigor do dinheiro público e foi empresário na hora em que entendeu a linguagem da empresa privada, criando as necessárias facilidades para que a gente venha e se instale em Mato Grosso”, disse Giosa. Ele ressaltou, ainda, que as empresas não devem existir apenas para gerar lucros para os acionistas e também para promover a inclusão social. Desde 1993, com a parceria de igrejas, Rotary, Lions e outras entidades, a Latasa mantém programas sociais.

O centro vai receber e comprar todo o tipo de material que possa ser reciclado, desde latinhas de alumínio, garrafas PET, papelão, aço, vidro, cobre. “Na medida em que houver volume certamente irão aparecer pequenas industrias no Estado para beneficiar esse material. Por exemplo, o PET é muito simples de fazer a próxima etapa que é a moagem. Isso agrega em relação à sucata de 20% a 40% do valor. Então o estado tem que ter essa continuidade na cadeia para se beneficiar desse valor agregado em toda a reciclagem de materiais”, explicou Giosa.

Blairo Maggi lembrou que faz dois anos que o Governo está negociando a vinda do Centro e apenas agora foi possível. “O centro será importante para o Estado que hoje já dá o exemplo reciclando 94% de toda a embalagem plástica adquirida no Estado. Talvez daqui a três anos Mato Grosso já possa também divulgando excelentes resultados na reciclagem de materiais como o alumínio, em benefício da sociedade”, disse o governador. A secretário Terezinha Maggi declarou-se muito satisfeita com a instalação do centro. “Vamos investir em treinamento para mostrar a importância da separação do lixo, que além de resultar num ganho econômico principalmente para aqueles que não têm oportunidade de emprego, também contribui para ajudar a natureza”, disse a secretária.

O Brasil ostenta hoje o título de tricampeão mundial de reciclagem de alumínio. Com a economia gerada, é possível fornecer energia elétrica para abastecer durante um ano uma cidade com um milhão de habitantes. E a Latasa, presente em 36 países, é ao lado de outras empresas como a Alcoa, a responsável pela reciclagem de boa parte do alumínio recolhido no País e que acaba virando novas latas. Apenas a Latasa é responsável atualmente por uma fabricação anual de 10 bilhões de unidades. A empresa recolhe materiais em 18 estados brasileiros por meio das suas 14 filiais. Todo o alumínio recolhido no Estado será enviada para Pindamonhangaba, no interior paulista, onde numa unidade da Tomra Latasa será fundido. Na última etapa, as chapas serão laminadas e depois novamente transformadas numa latinha numa das oito unidades da empresa espalhadas pelo País.




Fonte: Secom - MT

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