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Agronegócios
Quarta - 15 de Dezembro de 2004 às 08:57

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O governo Federal está empenhado em garantir mais recursos orçamentários para evitar uma queda na renda agrícola em 2005, garantiu ontem o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, ao participar da abertura do Seminário Desenvolvimento do Setor Agropecuário e Inclusão Social, no Senado Federal. “Estamos trabalhando para incluir no Orçamento da União a emenda que destina R$ 2 bilhões às operações de comercialização da próxima safra.”

Segundo ele, isso permitirá a sustentação de preços a produtos ameaçados por uma superoferta no mercado mundial, como algodão, arroz, milho, soja e trigo.

Rodrigues assinalou que os R$ 2 bilhões permitirão ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) promover, quando necessário, o financiamento da comercialização e compras de produtos agrícolas, impedindo que os agricultores sofram prejuízos. De acordo com ele, o cenário em 2005 será menos favorável do que nos anos anteriores por causa do excesso mundial da safra de grãos, agravada por um aumento nos custos de produção. “Enquanto os preços estão caindo 20%, os custos de produção estão subindo 13%.”

O ministro ressaltou, entretanto, que o agronegócio brasileiro, como um todo, continuará crescendo, apesar dos problemas previstos para algumas cadeias produtivas. “Setores como os de álcool e açúcar, café e suco de laranja têm perspectivas de aumento de demanda no mercado internacional, o que deverá compensar as eventuais perdas.” Com isso, assinalou Rodrigues, o agronegócio terá superávit na balança comercial e uma importante participação no Produto Interno Bruto (PIB) em 2005, além de se manter como uma das principais fontes de geração de empregos no campo e nas cidades.

Em sua exposição, Rodrigues também elencou os outros gargalos que o governo pretende resolver em 2005 para contribuir com o desenvolvimento do agronegócio brasileiro. “Além do crédito à comercialização, temos que investir em sanidade, buscando erradicar de vez a Febre Aftosa no País, em tecnologia, em infra-estrutura e logística, na organização das cadeias produtivas nas negociações internacionais e no estabelecimento de marcos legais nas áreas trabalhistas, de direito à propriedade e ambiental”.

A abertura do Seminário Desenvolvimento do Setor Agropecuário e Inclusão Social também contou com a presença de deputados, senadores, do presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Clayton Campanhola, e de técnicos e de representes do setor privado.




Fonte: Diário de Cuiabá

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