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Quinta - 25 de Novembro de 2004 às 18:19

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Enquanto prosseguem as investigações sobre um suposto esquema de lavagem de dinheiro feito pela Amper Construções Elétricas, o advogado da empresa, Eduardo Mahon, entrou com pedido na Justiça solicitando a devolução parcial dos documentos apreendidos pela Polícia Federal no último dia 9 de novembro.

Um dos proprietários da empresa é Armando Martins de Oliveira, irmão do ex-governador, Dante de Oliveira.

Para o advogado, alguns documentos e materiais apreendidos não fazem parte do objeto das investigações, uma vez que compõem resultados de receita do ano-base 2003/2004. As investigações tratam de empréstimos internacionais firmados pela empresa em 1998 e 2000, segundo Mahon.

De acordo com ele, alguns computadores e pastas levados pela PF conteriam documentos necessários para fazer o balanço fiscal da Amper neste ano, além de equipamentos -- como os computadores do setor contábil -- que garantiriam a manutenção das atividades. O advogado destaca, ainda, que sem esses documentos fica comprometida a apuração do Imposto de Renda da empresa para o próximo ano.

Investigação

A Amper está sendo investigada por conta de empréstimos internacionais, supostamente irregulares, feitos junto ao Bank of Boston e ao Deustche Bank, na cidade de Montevidéu (Uruguai).

Com base em um inquérito policial, o procurador da República Mário Lúcio de Avelar entrou, no início do mês, com um pedido de busca e apreensão na empresa. O pedido foi acatado pelo juiz da 1ª Vara Federal de Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva. O inquérito acabou resultando na quebra de sigilo bancário e fiscal de Oliveira e de sua empresa.

A suspeita surgiu por conta das denúncias envolvendo o avalista dos empréstimos internacionais da Amper: o empresário e ex-policial João Arcanjo Ribeiro, o Comendador.

Preso desde o início do mês no Uruguai, Arcanjo foi condenado, em primeira instância, a 37 anos de prisão por crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.

A Amper é acusada de utilizar o mesmo esquema de lavagem de dinheiro já que, de acordo com as denúncias, os pagamentos dos empréstimos estavam sendo feitos à empresa de Arcanjo (Aveyron S/A), que teria conexões com outras instituições financeiras no paraíso fiscal das Ilhas Cayman.




Fonte: Midia News

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