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Cidades/Geral
Quinta - 25 de Novembro de 2004 às 13:02
Por: Lygia Lima

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Cerca de 70% da população de Primavera do Leste está situada entre as classes sociais A, B e C, e somente 30% dos moradores podem ser considerados realmente pobres. Pelo menos é isso o que afirma o presidente da Associação Comercial e Industrial de Primavera, Roberto Lemes. De acordo com o senso econômico realizado pela Prefeitura em parceria com a Unicen, em 2001 o Produto Interno Bruto do município cresceu 18% enquanto que a média nacional de crescimento foi de 1,51%. A agricultura é o setor responsável pela força que movimenta todos os setores do município, de acordo com o levantamento coordenado pela Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo.

Roberto explica que na realidade Primavera do Leste é uma cidade em expansão, e como a imagem de eldorado é vendida nacionalmente, muitas pessoas acabam migrando para cá em busca de uma vida melhor, e as pessoas que não têm qualificação profissional acabam excluídas e compõem os 30% de pessoas que são considerados pobres. “Esses bolsões de pobreza são visíveis e começam a preocupar porque estamos formando duas Primaveras, a da região central e a periférica, que já começa a se organizar e a ter vida própria. É necessário criar mecanismos de integrar essas duas realidades”, diz.

Para o presidente da Aciple, diz que como a maioria da população está na classe média, ou seja, tem condições de ter casa própria em decorrência do seu trabalho, o poder aquisitivo e a distância social acabam ficando menos gritante nesses 70% da população. “Além disso, o município tem uma característica muito diferente das demais cidades, apesar de ser considerada pequena, Primavera tem uma grande expressão nacional, tem um alto índice tecnológico, e a qualidade de vida pode ser considerada boa, pelo menos no geral. A maior discrepância existente no município é a social, porque na área educacional, o poder público oferece escolas e creches de alto padrão”.

Roberto analisa que em Primavera existe uma separação social muito forte, e quem não se enquadra nos padrões sociais da maioria da população acaba sendo excluído. De acordo com ele, 5% da população de 50 mil habitantes podem ser considerados de fato ricos, e outros 65% são de classe média, mas como tendem a freqüentar os mesmos locais e se vestir de forma parecida eles se fecham e passam a excluir os menos favorecidos. Isso é tão verdade que no município são poucas as lojas de vendem roupas populares, a maioria das lojas tem padrão de shopping e comercializam griffes”, completa.

O senso econômico realizado pela Secretaria de Industria, Comércio e Turismo de Primavera em parceria com a Faculdade Unicen revela que 79% dos empregos gerados no município são diretos, e 43% dos imóveis comerciais são próprios e 49% alugados, o que mostra uma realidade muito próxima entre os imóveis alugados e próprios. Quanto aos salários pagos em Primavera, cerca de 70% dos empregados recebem acima de R$ 560,00.




Fonte: Primeira Hora

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